O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira (30). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,03, variação de +0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,0 pontos, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas ainda deve repercutir o acordo para suspender o teto da dívida pública nos Estados Unidos até 2025, que começa a tramitar no Congresso americano hoje e deve enfrentar resistências das alas mais radicais tanto de democratas como de republicanos. No Brasil, a divulgação de dados fiscais para o governo central em abril e informações sobre a tramitação do arcabouço fiscal no Senado Federal devem ganhar destaque. Na agenda do dia, a Fundação Getúlio Vagas (FGV) informou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio, às 08h00min, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de abril, às 09h00min, o Banco Central divulgou as estatísticas monetárias e de crédito de abril, às 09h30min, o instituto Conference Board informa o Índice de Confiança do consumidor americano de maio, às 11h00min, o Federal Reserve (Fed) de Dallas atualiza seu índice regional de manufatura de maio, às 11h30min, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursa às 14h00min, e a Secretaria do Tesouro Nacional publica o Resultado Primário do Governo Central de abril, às 14h30min.
Tramitação do acordo da dívida O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta terça-feira, ainda refletindo uma certa cautela internacional em relação ao acordo firmado entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, democrata, e o líder da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, republicano, para suspender o limite de endividamento público do país até 01 de janeiro de 2025 em troca de limites ao crescimento das despesas, particularmente aos gastos discricionários não-militares. Ambos os líderes afirmaram à imprensa que acreditam que o acordo terá os votos suficientes para ser aprovado tanto na Câmara dos Deputados com leve maioria republicana quanto no Senado Federal com leve maioria democrata. Porém, em um contexto de elevada polarização, difícil cooperação e recebendo críticas das alas mais linha-dura de ambos os partidos, investidores temem que o acordo não alcance os votos necessários em alguma das etapas burocráticas antes de chegar ao Plenário das Casas. O texto inicia sua tramitação nesta terça pela Comissão de Regras da Câmara dos Deputados, comitê de quatro democratas e nove republicanos, dos quais três são considerados ultraconservadores – dois já declararam voto contrário ao acordo.
Tramitação do arcabouço fiscal No Brasil, investidores se atentam às informações sobre a tramitação do projeto de lei do arcabouço fiscal (PLP 93/2023) no Senado Federal após sua aprovação na Câmara dos Deputados. Ontem, o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), confirmou a repórteres que a matéria deve passar pela Comissão de Assuntos Econômicos antes de ir ao Plenário (CAE) (portanto, não seguirá em regime de urgência), porém não passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Já o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), informou que o relator do projeto na Casa será o senador Omar Aziz (PSD-AM) e a expectativa é apreciar até 15 de junho. "Pela informação de quinta-feira do presidente Pacheco passaria pela CAE com a relatoria do senador Omar Aziz e seguiria para o Plenário. O ideal era que fosse direto para o Plenário, mas está de bom tom. Dá para votarmos até o dia 15 de junho", disse Randolfe.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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