A taxa de câmbio se manteve em queda consistente ao longo de toda esta quinta-feira (01), encerrando a sessão negociada a R$ 5,007, variação de -1,3% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 103,6 pontos, recuo de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercutiu a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre de 2023 acima das expectativas, impulsionado, principalmente, pelo agronegócio, ao mesmo tempo em que a moeda americana se enfraqueceu globalmente em meio a diversos comentários de autoridades do Federal Reserve (Fed) de que a instituição deve “pular” o reajuste de juros do mês junho e reavaliar a necessidade de um novo aperto monetário na próxima decisão.
Variações | No dia: -1,29% | Na semana: +0,44% | No mês: -1,29% | No ano: -5,17% | Em 12 meses: +4,17% |
Crescimento do PIB brasileiro O dólar negociado no mercado interbancário encerrou esta quinta-feira em queda firme e consistente, no valor mínimo do dia, a R$ 5,0069, em um pregão marcado pela recuperação de ativos arriscados globalmente, especialmente commodities e moedas de países exportadores de produtos primários. Impulsionou o fortalecimento do real a divulgação de que o PIB do Brasil cresceu 1,9% em no primeiro trimestre de 2023 ante o trimestre anterior, avanço acima da mediana da estimativas, que projetava um crescimento de 1,3%. No comparativo anual, o PIB do primeiro trimestre cresceu 4% sobre o mesmo período do ano passado, também acima das expectativas, que estimavam alta de 3%. O resultado dos três primeiros meses de 2023 foi puxado pela alta expressiva do setor agropecuário, o qual avançou 21,6% no período, maior crescimento desde 1996. Assim, considerando a relação existente entre nível de atividade econômica e avanço inflacionário, a economia do Brasil aparenta manter-se aquecida mesmo após meses sob o aperto monetário praticado pelo Banco Central, de modo que tal dinamismo pode indicar uma maior dificuldade para a atuação da autarquia no controle da trajetória da inflação.
“Pulo” nos juros Adicionalmente, a moeda americana se enfraqueceu globalmente mesmo diante de dados que mostram um aquecimento do seu mercado de trabalho, após diversas autoridades que integram o Federal Reserve defenderem que o banco central estadunidense “pule” uma alta de juros em junho, isto é, mantenha a taxa básica inalterada na próxima decisão e considere a possibilidade de um novo aumento em 26 de julho. O membro do Conselho de Governadores do Fed, Philip Jefferson, e do presidente do Fed de Philadelphia, Patrick Harker, foram de que uma decisão pela manutenção da taxa de juros pelo Fed não deva significar que o ciclo de aperto monetário chegou ao seu final, e que a instituição deveria coletar mais dados em um momento de maior ambiguidade e adiar a decisão sobre um possível aumento para a próxima reunião, em fins de julho. Após as falas de Harker e Jefferson, as apostas em um aumento na taxa de juros na próxima reunião caíram de 66,55%, em 31 de maio, para 26,40%, hoje.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,6 pontos, recuo de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,847 pontos, variação de +0,4% ante à véspera.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.