A taxa de câmbio oscilava entre preços e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira (07). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,94, alta de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,3 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. Em um dia de agenda esvaziada, o mercado de divisas repercute a discussão para a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto, por aqui, investidores observam os comentários feitos pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a respeito da necessidade de insistir no aperto monetário por mais tempo, nos Estados Unidos há uma dúvida sobre a melhor estratégia em função de dados econômicos conflitantes para o mês de maio. Na agenda do dia, o BC publicou o Relatório de Economia Bancária de 2022, às 08h00min, com coletiva de imprensa às 11h00min.
Inflação persistente O dólar negociado no mercado interbancário alternava altas e baixas na manhã desta terça-feira, refletindo um pregão de poucos itens na agenda e expectativas para a política monetária no Brasil. Ontem, Roberto Campos Neto afirmou que “precisamos insistir” nos juros mais elevados por mais tempo, pois a queda dos núcleos de inflação no país é “bastante lenta” – ainda que o índice cheio caia mais rapidamente. Ele afirmou ainda que há um "problema de expectativas de inflação de longo prazo, que estão altas". Adicionalmente, o diretor de Política Econômica da instituição, Diogo Guillen, se mostrou favorável à ideia de um horizonte de tempo flexível para as metas de inflação, pois a adaptação para choques de oferta ou de demanda são diferentes. Contudo, acredita que o modelo de prestações de contas anuais é um modelo que fortalece a responsabilização necessária para a autonomia do Banco Central.
Quente ou frio? No exterior, a moeda americana também se valorizava em meio a dados econômicos conflitantes para a economia do país. Na sexta-feira, o Relatório da Situação do Emprego mostrou a criação de uma saldo de emprego para o mês de maio superior ao estimado por analistas, sugerindo que o mercado de trabalho permanece aquecido e reforçando interpretações de que o Federal Reserve (Fed) precisaria manter os juros mais altos por mais tempo a fim de conseguir estabilizar os preços no país. Porém, ontem, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços de maio veio abaixo do esperado, sugerindo que a atividade produtiva pouco se expande e sinalizando o contrário, que pode haver um alívio sobre as pressões inflacionárias e que o Fed pode ter uma margem de manobra maior que o antecipado. No mercado futuro de juros, aproximadamente 75% das apostas eram de que o banco central estadunidense manterá a taxa inalterada na decisão do dia 14.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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