Após abrir a terça-feira (06) em alta, a taxa de câmbio firmou trajetória de queda ao longo do dia e encerrou a sessão negociada a R$ 4,912, variação de -0,4% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 104,1 pontos, alta de 0,1% em relação ao fechamento de segunda-feira. Em um dia de poucos eventos, o mercado de divisas repercutiu a perspectiva para a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com a divulgação do IGP-DI aumentando as apostas de que o Banco Central do Brasil possa antecipar o corte de juros e dados econômicos conflitantes nos EUA reforçando as expectativas de que o Federal Reserve vá manter inalterada a taxa de juros na sua próxima reunião.
Variações | No dia: -0,39% | Na semana: -0,87% | No mês: -3,16% | No ano: -6,97% | Em 12 meses: +2,42% |
Pausa no Fed? O dólar negociado no mercado interbancário caiu pela quarta sessão consecutiva, em um dia de agenda esvaziada e marcado pela percepção sobre a evolução da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a moeda americana chegou a abrir o dia em alta, mas firmou trajetória de queda com a leitura de que o Federal Reserve pode manter a sua taxa de juros inalterada em sua próxima decisão de política monetária, o que, por extensão, mantém os ativos brasileiros mais atraentes. Embora alguns dados econômicos estadunidenses tenham se mostrado mais aquecidos para o mês de maio, a divulgação de que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços de maio veio abaixo do esperado reforçou uma interpretação de que a atividade produtiva está perdendo ritmo no país e sinalizou que pode haver um alívio sobre as pressões inflacionárias, aumentando as apostas pela manutenção dos juros pelo Fed.
Menos juros no Brasil? No Brasil, a divulgação de que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 2,33% em maio, após recuo de 1,01% em abril, intensificou as apostas de que o Banco Central possa iniciar cortes à taxa básica de juros (Selic) em breve. É preciso ressaltar, contudo, que o Banco Central utiliza como parâmetro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e que suas autoridades acautelam que a queda do núcleo de inflação (quando se exclui os preços de alimentação e energia) no país é bastante lenta, ainda que o índice cheio caia mais rapidamente. Adicionalmente, a deflação medida pelo IGP-DI foi fortemente influenciada pela queda no preço de commodities, como os preços de diesel, minério de ferro e de milho, sendo pouco provável que repercutam de maneira mais abrangente sobre os demais preços da economia.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 104,1 pontos, alta de 0,1% em relação ao fechamento de segunda-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e o rand sul-africano também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,933 pontos, variação de +0,1% ante à véspera.
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