O par real/dólar alternava entre altas e baixas nas primeiras operações desta quarta-feira (08). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,92, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,0 pontos, recuo de 0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo das expectativas de analistas, o que deve reforçar as apostas de que o Banco Central (BC) irá reduzir a taxa básica de juros (Selic) em breve. Por outro lado, o anúncio de que as exportações chinesas despencaram no mês de maio provoca cautela nos investidores internacionais, criando temores de que a desaceleração econômica global esteja se aprofundando e prejudicando o desempenho de ativos arriscados, como commodities e moedas de países emergentes. Na agenda do dia, o Departamento do Censo americano informou a balança comercial do país, às 09h30min, o Banco Central do Canadá informa sua decisão de política monetária, às 11h00min, e o BC atualiza o fluxo cambial semanal e divulga o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) de maio, às 14h30min.
Desaceleração do IPCA O dólar negociado no mercado interbancário abriu em estabilidade na manhã desta quarta-feira, equilibrado entre o pessimismo do exterior e o otimismo interno. Hoje (07), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA para o mês de maio, o qual indica um avanço de 0,23% da inflação no país durante o período, redução de 0,38 ponto percentual em relação ao índice de abril, o qual sinalizou alta de 0,61% do nível de preços. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA foi de 3,94%, contra o valor reportado de 4,18% em abril. O resultado do último mês mostra uma desaceleração dos preços maior que o esperado, de modo que o índice ficou abaixo da mediana das estimativas, que indicava um aumento de 0,33% nos preços em maio. Os únicos grupos analisados pelo IBGE a mostrar queda no último mês foram os de Transportes e Artigos de residência, com recuos de 0,57% e 0,23%, respectivamente. A categoria de Alimentação e bebidas demonstrou forte desaceleração, caindo de 0,71% em abril para 0,16% no mês seguinte. Dessa forma, o IPCA de maio serve como fator de otimismo para os investidores em relação aos ativos brasileiros, de modo que se aumentam as apostas em cortes da taxa básica do Banco Central na próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
Queda das exportações chinesas No exterior, entretanto, o ambiente era de cautela e aversão aos riscos após as exportações chinesas recuarem muito além do estimado, passando de um crescimento anual de 8,0% em abril para uma queda anual de 7,5% em maio. A mediana das expectativas era de que as exportações se contraíssem 0,4% em termos anuais. Por outro lado, as importações caíram menos que o antecipado, de uma baixa anual de 7,9% em abril para uma baixa anual de 4,5%. A queda das exportações chinesas aponta para uma demanda global em rápido declínio, aprofundando temores de que possa haver uma recessão econômica global ainda em 2023 e prejudicando o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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