A taxa de câmbio apresentava suave tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (09). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 4,91, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de quarta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,4 pontos, variação de +0,1% ante à véspera. Em um dia sem itens de agenda e que deve ser de baixa liquidez, por conta da emenda de feriado de Corpus Christi, o mercado de divisas deve repercutir a discussão mais ampla sobre a trajetória dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto há, por aqui, um sentimento de otimismo e expectativa de queda para a taxa básica de juros (Selic) a partir do segundo semestre, nos EUA se discute a possibilidade do fim do ciclo de alta de juros.
Otimismo no Brasil O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira, em um dia que deve ser marcado por baixos volumes e ausência de eventos relevantes, enquanto operadores devem refletir o ambiente de negócios mais amplo. No Brasil, a semana foi marcada pelo otimismo de agentes com o cenário macroeconômico, particularmente após a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se desacelerou mais rapidamente que o antecipado, levando a uma queda das projeções para as taxas de juros a partir deste ano e que fica abaixo de 10% já em 2024. Contribui para a diminuição da percepção de riscos aos ativos brasileiros, também, as expectativas de que o novo arcabouço fiscal deva ser aprovado no Congresso Nacional ainda este mês e as perspectivas de crescimento econômico mais elevado para este ano.
Manutenção dos juros do Fed Investidores reagem, também, a sinais de que o ritmo de atividade econômica nos Estados Unidos está se desacelerando e as pressões inflacionárias possam ser menores que o antecipado após dados abaixo do esperado para a economia do país, elevando as expectativas de que o ciclo de alta de juros do Federal Reserve possa estar chegando ao seu final. A maior parte das apostas no mercado futuro de juros antecipa uma manutenção da taxa de juros na decisão de política monetária de junho e um último incremento na decisão de julho, quando a taxa chegaria ao seu nível máximo. Na última segunda (05), o instituto ISM divulgou o Índice de Gerente de Compras (PMI) de serviços para o mês de maio nos Estados Unidos, o qual indicava uma expansão menor que esperado do setor. A mediana das estimativas projetava o PMI em 52,2 — isto é, acima da marca de 50 pontos e, portanto, sinalizando expansão dos serviços no país — no entanto, o indicador marcou 50,3 pontos, contra o valor de 51,9 observado em maio, o que mostra uma desaceleração maior que a esperada para os serviços. Adicionalmente, ontem (08), o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (DOL divulgou o número total de pedidos de auxílio-desemprego na última semana, que foi de 261.000 novos pedidos, acima do consenso de 235.500, e um montante maior que o observado na semana anterior, quando foram reportados 233.000 novos pedidos do benefício.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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