O par real/dólar se manteve em queda ao longo desta terça-feira (13), encerrando a sessão negociado a R$ 4,862, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 103,3 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu o enfraquecimento global da moeda americana após o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) recuar para o menor nível em mais de dois anos, consolidando as expectativas de que o Federal Reserve manterá as taxas de juros inalteradas em sua decisão de política monetária, amanhã.
Variações | No dia: -0,12% | Na semana: -0,29% | No mês: -4,14% | No ano: -7,91% | Em 12 meses: -4,89% |
Arrefecimento da inflação nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário oscilou em intervalo estreito e em território negativo ao longo desta terça-feira, encerrando o pregão no menor valor desde 06 de junho de 2022 (R$ 4,7959). O movimento da moeda brasileira foi influenciado pelo enfraquecimento global do dólar após a divulgação de que a inflação nos EUA se reduziu mais que o esperado. De acordo com o Departamento de Estatísticas do Trabalho, o CPI cresceu 0,1% em maio, ante expectativa mediana de 0,2%. Assim, a alta acumulada em 12 meses caiu de 4,9% em abril para 4,0% em maio, o menor valor desde abril de 2021. O principal fator para este alívio nos preços foi a queda de 3,6% nos preços de energia em maio. Quando se observa o núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentação e energia, o cenário não é tão benigno, embora tenha acompanhado as projeções de analistas, com uma alta mensal de 0,4% e com uma alta acumulada em 12 meses de 5,5% em abril para 5,3% em maio.
Fim das altas de juros? Embora os dados ainda projetem alguma resistência do núcleo de preços, a leitura pelos investidores foi majoritariamente positiva, que passaram a projetar uma trajetória de queda mais sustentada para os próximos meses. Da mesma forma, após a divulgação do CPI, praticamente se consolidaram as apostas de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve irá manter as taxas de juros inalteradas em sua decisão de amanhã, entre o intervalo de 5,00% a 5,25% a.a., encerrando um ciclo de 10 altas consecutivas durante quinze meses – o mais forte aperto monetário em quatro décadas. Assim, a moeda americana permaneceu em declínio, beneficiando ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, tal como o real.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,3 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e a rúpia indiana também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,634 pontos, alta de 0,1% frente ao término de segunda.
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