O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (14). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,85, variação de -0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,9 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de terça-feira. O mercado de divisas aguarda pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed). Após a divulgação dos Índices de Preços ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) de maio abaixo das estimativas de analistas, investidores consolidaram suas expectativas de que a inflação no país adotará uma trajetória de queda mais consolidada e que permitirá, por extensão, ao Fed interromper seu ciclo de alta de juros na decisão desta tarde. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de abril, às 09h00min, e o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min.
Fim das altas de juros nos EUA? O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quarta-feira, pressionado pelo resultado do Índice de Preços ao Produtor (PPI) abaixo do esperado. Em maio, o PPI dos Estados Unidos apresentou um recuo de 0,3% em relação ao mês anterior, abaixo da mediana das estimativas, que previa uma queda de 0,1% do índice. O resultado para a inflação aos produtores segue em consonância com o indicador para os consumidores, divulgado mais cedo esta semana e que também ficou abaixo das expectativas dos investidores e do resultado de abril. Nesse sentido, os agentes de mercado entendem que os riscos inflacionários nos Estados Unidos estão menores, de forma que se aumentam as apostas de manutenção do intervalo atual da taxa de juros praticada pelo Federal Reserve entre 5,00% e 5,25% ao ano na decisão de política monetária do FOMC de hoje. Segundo dados do CME Group, a probabilidade de não haver mudanças na taxa básica da autarquia na próxima reunião do FOMC é de 93,1%, ao passo que as chances de um aumento de 25 pontos-base são de 6,9%, com a maior parte das apostas prevendo um aumento dos juros na decisão de 26 de julho. Desse modo, a moeda americana tem se enfraquecido globalmente, o que tende a favorecer ativos de risco, tais como commodities, ações e moedas emergentes como o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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