O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta terça-feira. No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,75, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,4 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que sinalizou uma discussão entre seus integrantes sobre a possibilidade de uma redução à taxa básica de juros (Selic) no próximo encontro, em agosto. Adicionalmente, investidores repercutem a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) praticamente estável em junho, com variação de +0,04%, reforçando a perspectiva de diminuição das pressões inflacionárias no Brasil. Na agenda do dia, o Departamento do Censo informou as encomendas de bens duráveis de maio, às 09h30min, o instituto Conference Board publica o Índice de Confiança do consumidor americano de junho, às 11h00min, e o Federal Reserve de Richmond divulga seu índice regional de atividade manufatureira de junho, às 11h00min.
Cortes na Selic? O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta terça-feira, refletindo a divulgação da ata da última reunião do Copom, que sinalizou a possibilidade de um corte na taxa Selic em agosto. O documento afirma que houve “divergência” entre os integrantes do Comitê, com um grupo acreditando que poderia ser sinalizado a possibilidade de uma redução “parcimoniosa” em agosto desde que houvesse a continuação do processo desinflacionário, enquanto outro grupo preferia ser mais cauteloso e enfatizar a influência de componentes voláteis (alimentação e energia) na queda da inflação até aqui e outras incertezas sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. “Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”.
IPCA-15 Corroborando a análise do BC, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de junho, considerado uma prévia da inflação do mês, subiu apenas 0,04% no mês, após uma alta de 0,51% em maio e em linha com as estimativas de analistas, cuja mediana apontava aumento de 0,02%. O acumulado em 12 meses recuou de 4,07%, em maio, para 3,40%, em junho. O valor brando de junho foi influenciado principalmente pela queda de combustíveis, que resultou em uma variação de -0,55% para transportes, e pela queda de alimentação e bebidas, com -0,51%. O resultado reforça a interpretação de que a dinâmica da desinflação recente está dividida em dois estágios, isto é, uma rápida queda de preços de preços de bens industriais, commodities e outros componentes voláteis, enquanto a velocidade de redução é menor nos núcleos de inflação, particularmente nos serviços
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