Após abrir a manhã em queda, o par real/dólar inverteu sua tendência no final da manhã e firmou trajetória de elevação, encerrando a sessão negociado a R$ 4,799, alta de 0,7% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 102,5 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas aproveitou os ganhos recentes da moeda brasileira, que chegou a R$ 4,7510 na mínima do dia, para realizar uma correção técnica e realizar lucros. Adicionalmente, a queda nos preços internacionais de commodities pressionou o desempenho de moedas de países exportadores de produtos primários, como o real. Mesmo a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizando para uma possível redução da taxa básica de juros (Selic) em agosto não foi capaz de conter as perdas do real na sessão.
Variações | No dia: +0,68% | Na semana: +0,44% | No mês: -5,40% | No ano: -9,12% | Em 12 meses: -8,34% |
Correção técnica O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão em alta, em um movimento de correção após uma sequência de ganhos do real. Mesmo assim, a moeda americana se manteve abaixo de R$ 4,80 em seu fechamento, denotando certa resiliência. O ajuste de posições ocorreu após o real fechar em seu menor valor em mais de 12 meses, ontem, encostar em R$ 4,75, hoje, e em meio a uma desvalorização dos preços internacionais de commodities importantes para a pauta exportadora do país, como o petróleo, com recuo de mais de 2%, e a soja, com queda de mais de 1%.
Corte na Selic? O principal evento do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Copom, que sinalizou a possibilidade de um corte na taxa Selic em agosto. O documento afirma que houve “divergência” entre os integrantes do Comitê, com um grupo acreditando que poderia ser sinalizado a possibilidade de uma redução “parcimoniosa” em agosto desde que houvesse a continuação do processo desinflacionário, enquanto outro grupo preferia ser mais cauteloso e enfatizar a influência de componentes voláteis (alimentação e energia) na queda da inflação até aqui e outras incertezas sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. “Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,5 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,376 pontos, praticamente estável frente ao término de ontem.
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