A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (30). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,83, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,1 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O movimento do último pregão do mês deve ser acompanhado por maior volatilidade nos horários utilizados pelo Banco Central (BC) para a formação da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. Além disso, o mercado de divisas repercute a alteração no formato do sistema de metas de inflação no Brasil, que deixarão de acompanhar o ano-calendário e passarão a utilizar um horizonte de longo prazo a partir de 2025. No exterior, a moeda americana se enfraquecia globalmente após o Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de maio vir em linha com as expectativas e mostrar um arrefecimento da inflação nos Estados Unidos. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou dados para o mercado de trabalho de maio no Brasil, às 09h00min, o Banco Central comunicou as estatísticas de política fiscal de maio, às 09h30min, e a Universidade de Michigan informa o Índice do Confiança do consumidor americano, às 11h00min.
Taxa Ptax de fim de mês O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira, oscilando ao redor de R$ 4,82. O câmbio poderá apresentar maior volume de negócios e, também, maior volatilidade dentro das janelas de horários utilizadas pelo BC para o cálculo da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. A taxa Ptax é uma referência divulgada diariamente pelo BC e seu valor de fim de mês é muito utilizado em contratos de câmbio e derivativos. Desta forma, os operadores do mercado intensificam suas operações durante estes intervalos, disputando a sua definição.
Regime de alvo contínuo Ontem (29), apesar dos esforços contínuos do Governo Federal para aumentar o valor da meta de inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu mantê-la em 3% com bandas de 1,5 ponto percentual em ambas as direções, no entanto, alterou o sistema de metas, que deixará de ser anual e passará a ser contínua a partir de 2025. A mudança do formato de ano-calendário para um regime de alvo contínuo beneficia o sistema de metas de inflação no sentido de ter maior flexibilidade para a política monetários evitar abalos muito grandes por choques de curto prazo, sendo a forma adotado pela maioria dos países que utilizam o modelo.
Inflação nos EUA Nesta manhã, o Departamento de Análises Econômicas dos Estados Unidos divulgou o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação mais utilizado pelo Federal Reserve, que, em maio, apresentou avanço de 0,1% em relação a abril e de 3,8% no comparativo anual. O resultado do índice cheio ficou dentro da mediana das estimativas. Já o núcleo da inflação – que desconsidera os componentes voláteis de energia e alimentos – ficou em 0,3%, valor abaixo do 0,4% esperado de alta mensal. Assim, os dados estão em linha com as leituras de maior desaceleração dos preços nos Estados Unidos, o que aumenta as apostas dos investidores num fim mais próximo para o aperto monetário praticado pelo Fed
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