A taxa de câmbio se manteve em baixa ao longo de toda esta quarta-feira (12), encerrando a sessão negociada a R$ 4,817, variação de -0,9% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 100,6 pontos, recuo de 1,1% frente ao término de terça-feira. O mercado de divisas repercutiu a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de junho nos Estados Unidos mais brando que o antecipado, reforçando a percepção de que o ciclo de alta de juros no Federal Reserve (Fed) está próximo do fim. Adicionalmente, contribuiu para o fortalecimento do real o anúncio de que o setor de serviços no Brasil cresceu acima do estimado em maio, demonstrando resiliência e dinamismo da atividade econômica no país.
Variações | No dia: -0,92% | Na semana: -0,98% | No mês: +0,59% | No ano: -8,76% | Em 12 meses: -11,44% |
Moderação da inflação americana O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quarta em queda, acompanhando o movimento global de enfraquecimento da divisa americana. Nesta manhã, o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) americano informou que tanto o CPI quanto o núcleo do indicador (que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia) aumentaram em 0,2% em junho, ante uma expectativa mediana de 0,3% para ambos. Dessa forma, o crescimento acumulado em 12 meses se reduziu em de 4,0% em maio para 3,0% em junho para o índice geral e de 5,3% em maio para 4,8% em junho para o núcleo. A leitura reforçou a percepção de que a inflação nos Estados Unidos está moderando de forma consistente e aumentou as apostas de que o Federal Reserve deve interromper seu ciclo de altas de juros após um último reajuste de 0,25 p.p. na decisão de 26 de julho, trazendo os juros ao intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano. Nesse sentido, a expectativa de que os rendimentos de títulos denominados em dólares atingirão seu ponto de máximo estimulou os investidores a buscar outras opções de ativos para recomposição de carteira, enfraquecendo globalmente a moeda estadunidense frente a outras divisas.
Alta dos serviços no Brasil Contribuiu para o fortalecimento do real, também, a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicou crescimento de 0,9% do setor em maio. Dos cinco grupos de atividades estudados pela pesquisa, quatro tiveram alta no mês, com destaque para o grupo de serviços de transportes, armazenagem e correio, com alta de 2,2%, impulsionado pelo bom desempenho do setor agrícola com a safra recorde de grão. Na divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)em junho, também se observou uma maior resistência da inflação do setor de serviços, a qual apresentou avanço de 0,62%. Assim, o setor com 70% de participação no PIB brasileiro mostra dinamismo e resiliência, melhorando as expectativas para a economia do país e contribuindo para a valorização da moeda brasileira em relação ao dólar.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 100,6 pontos, recuo de 1,1% frente ao término de terça-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,280 pontos, variação de +1,3% ante à véspera.
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