Fechamento de Câmbio

O par real/dólar apresentou tendência de queda ao longo de toda esta quinta-feira (13), encerrando a sessão negociado a R$ 4,790, recuo de 0,6% frente ao término de quarta-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 99,8 pontos, variação de -0,8% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu o enfraquecimento global da moeda americana, que acumula perda de mais de 3% desde sexta-feira em função da percepção de que o ciclo de alta de juros no Federal Reserve está próximo do fim. O fortalecimento do real foi contido pela divulgação de que a balança comercial chinesa registrou um superávit menor que o esperado, prejudicando o desempenho de ativos arriscados.

Enfraquecimento do dólar O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a quinta-feira em queda, tornando a ficar abaixo de R$ 4,80, refletindo o enfraquecimento global da divisa americana. O dollar index, que mostra o valor do dólar frente a uma cesta de moedas de economias avançadas, se desvalorizou em mais de 3% em uma semana, recuando de uma leitura de 103,2 ponto na última sexta para um patamar inferior a 100 pontos nesta quinta. A forte depreciação da moeda ocorre em função da publicação de dados mais brandos que o antecipado para o mercado de trabalho e para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em junho, consolidando as expectativas de que o Federal Reserve deve encerrar seu processo de aperto monetário após um último reajuste de 0,25 p.p. em 26 de julho, o que, por sua vez, desestimula investidores a manterem posições em ativos denominados na moeda americana e incentiva a demanda por outras divisas.

Balança comercial chinesa Por outro lado, a divulgação da balança comercial chinesa pior que o antecipado conteve o fortalecimento do real. As exportações chinesas recuaram 12,8% das exportações no comparativo anual em junho, ante expectativa mediana de 9,2%, enquanto as importações caíram 6,8% no comparativo anual, ante expectativa mediana de 4,0%. Assim, os resultados refletem uma atividade econômica global mais fraca, com menor demanda pelos produtos chineses (exportações) e uma desaceleração maior da demanda interna do país (importações), sinalizando um enfraquecimento do dinamismo tanto interno quanto externo da China. Nesse sentido, os dados da balança comercial chinesa vão na direção contrária dos resultados da economia estadunidense e tendem a ampliar o sentimento de aversão ao risco dos investidores, de modo que aumentam a busca por ativos de segurança, como moedas de países desenvolvidos, em detrimento de ativos mais arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 99,8 pontos, variação de -0,8% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,502 pontos, alta de 0,4% frente ao término de quarta-feira.