O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta segunda-feira (17). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,82, alta de 0,5% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 99,9 pontos, praticamente estável ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) chinês abaixo das estimativas de analistas, reforçando as leituras de que a recuperação econômica no país está se desacelerando e prejudicando o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real. Contribuía para o enfraquecimento do real, também, a divulgação de que Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu mais que o esperado, ao recuar 2,0% em maio. Na agenda do dia, o Banco Central atualizou o Boletim Focus da semana às 08h30min, o Federal Reserve de New York informa seu índice regional de manufatura às 09h30min, e a Secretaria de Comércio Exterior atualiza a balança comercial semanal às 15h00min.
Desaceleração econômica na China O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta segunda-feira, refletindo do PIB chinês mais fraco que o antecipado para o segundo trimestre de 2023. Entre abril e junho deste ano, a atividade econômica no país cresceu 6,3% ante o mesmo período do ano passado, frente a uma estimativa mediana de analistas de 7,3%. O dado mostra que a recuperação da demanda após o longo período de rígidas restrições para o controle da disseminação da Covid-19 ocorre mais lento que o esperado e sinaliza que o país enfrentará sérios desafios para sustentar seus patamares antigos de expansão sem a ajuda de estímulos econômicos por parte das autoridades. Adicionalmente, o dado prejudica o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportares de produtos primários, como o real.
Queda do IBC-Br Adicionalmente, contribuía para o enfraquecimento do real a divulgação de que o IBC-Br recuou 2,0% em maio, frente expectativa mediana de estabilidade (0,0%) para o período. O dado desvaloriza a moeda brasileira tanto por sugerir que o desempenho de empresas brasileiras pode ser prejudicado, diminuindo a atratividade para novos investimentos estrangeiros, como por sugerir que o banco central possa precisar aprofundar o ciclo de cortes à taxa básica de juros (Selic) para suavizar uma desaceleração econômica. Contudo, é importante ressaltar que uma leitura apenas de um dado de alta frequência não configura tendência, e que mais dados são necessários para se formar uma compreensão consolidada da conjuntura do país.
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