Após abrir o dia em alta, a taxa de câmbio firmou tendência de baixa ao longo desta quarta-feira (19), encerrando a sessão negociada a R$ 4,785, recuo de 0,5% frente ao término de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 100,3 pontos, variação de +0,4% ante à véspera. Em um dia de agenda esvaziada e liquidez mais baixa que o habitual, o mercado de divisas repercutiu a divulgação de dados inflacionários mais brandos que o esperado para o Reino Unido, que enfraqueceu a libra perante o dólar. Adicionalmente, contribuiu para o fortalecimento do real a revisão favorável das previsões econômicas para crescimento econômico e para inflação do Brasil feita pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do governo federal.
Variações | No dia: -0,51% | Na semana: -0,22% | No mês: -0,09% | No ano: -9,38% | Em 12 meses: -11,71% |
Desaceleração da inflação britânica O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quarta-feira em baixa, em um dia de menor volume de operações e ausência de dados relevantes para o Brasil e os Estados Unidos. O principal evento do dia ocorreu durante a madrugada, quando o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país em junho aumentou em 0,1%, contra avanço de 0,8% no mês de maio. Para o resultado dos últimos 12 meses, o aumento do nível de preços no Reino Unido foi de 7,9% em junho, ante alta de 8,7% em maio e abaixo da mediana das estimativas, que previa aumento de 8,2%. O núcleo da inflação, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, também apresentou arrefecimento e ficou abaixo do esperado, em 6,9% no comparativo anual. Com a maior inflação dos países do G7 no momento, há uma discussão se o Banco da Inglaterra (BoE) fará um aumento de 0,25 ou 0.50 p.p. na sua próxima decisão de política monetária, em agosto. Assim, a libra se enfraqueceu ante ao dólar por conta das expectativas de menores juros do Banco da Inglaterra
Melhora das projeções A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda melhorou as projeções oficiais do governo para atividade econômica e para inflação. A equipe econômica elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto para 2023 de 1,9%, em maio, para 2,5%, mantendo a previsão de 2,3% para 2024. Já a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 foi revisada de 5,58% para 4,85% neste ano, o que colocaria a inflação dentro do intervalo da meta do Banco Central. A projeção de 2024 foi levemente reduzida, de 3,63% para 3,30%. A SPE afirmou que os dados econômicos divulgados até o momento motivaram a revisão, que largamente corroboram uma avaliação mais otimista de investidores sobre o quadro macroeconômico brasileiro.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 100,3 pontos, variação de +0,4% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e a lira turca também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,264 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de terça-feira.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.