Fechamento de Câmbio

A taxa de câmbio se manteve em queda ao longo de toda esta quarta-feira (26) e encerrou a sessão no menor nível do ano, negociada a R$ 4,728, recuo de 0,5% frente ao término de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,0 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed), que elevou os juros básicos do país em 0,25 p.p. e manteve em aberto a possibilidade de novos reajustes no futuro. Adicionalmente, investidores repercutem a elevação da nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB pela agência de classificação de risco Fitch, refletindo a melhora nas condições macroeconômicas do país.

Fim das altas de juros nos EUA? O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quarta-feira no menor valor de término desde 20 de abril de 2022, após o FOMC elevar a taxa de juros americana em 0,25 p.p., para o intervalo entre 5,25% e 5,50% a.a – a maior em 22 anos. Em seu comunicado e na entrevista coletiva, o Fed manteve aberta a possibilidade de novos aumentos no futuro, reafirmando que terá uma postura flexível a cada decisão de política monetária e avaliará os dados acumulados. Entretanto, após dados mais fracos para a inflação e para o mercado de trabalho nos últimos dois meses, a maior parte dos analistas não acredita que o banco central precisará recorrer a novos reajustes e que, efetivamente, o ciclo de alta de juros se encerrou hoje. Assim, na ausência de uma sinalização mais concreta sobre novos aumentos de juros no futuro, a moeda americana se enfraqueceu diante de diversos pares, em função da expectativa de menores rendimentos no futuro.

Elevação na nota de crédito Contribuiu para o fortalecimento do real, também, o relatório da agência de classificação de risco Fitch, que elevou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. De acordo com o documento da agência, a mudança reflete "um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado", em meio a "choques sucessivos em anos recentes", bem como a expectativa pelos impactos das reformas pretendidas pelo governo federal no Legislativo. O relatório aponta que as novas regras fiscais e medidas tributárias devem promover uma “consolidação gradual” da posição fiscal do país, com crescimento da relação dívida/PIB, mas a um ritmo mais lento e de um ponto de partida muito melhor que o antes previsto.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,0 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano e o peso mexicano também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,289 pontos, alta de 0,2% frente ao término de terça-feira.