O par real/dólar apresentava suave tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (31). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,72, variação de -0,3% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,7 pontos, praticamente estável em relação ao fechamento de sexta-feira. O movimento do último pregão do mês deve ser acompanhado por maior volatilidade nos horários utilizados pelo Banco Central (BC) para a formação da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. Além disso, o mercado de divisas repercute a divulgação do Boletim Focus da semana, em meio à expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira. No exterior, o euro se fortalece ante ao dólar após a publicação da primeira prévia Produto Interno Bruto (PIB) da área do euro levemente acima das estimativas de analistas. Na agenda do dia, o instituto ISM divulga índice de atividade econômica para a região de Chicago, às 10h45min, e o Federal Reserve de Dallas publica índice de manufatura local, às 11h00min.
Taxa Ptax de fim de mês O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta segunda-feira, cotado ao redor de R$ 4,74. O câmbio poderá apresentar maior volume de negócios e, também, maior volatilidade dentro das janelas de horários utilizadas pelo BC para o cálculo da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. A taxa Ptax é uma referência divulgada diariamente pelo BC e seu valor de fim de mês é muito utilizado em contratos de câmbio e derivativos. Desta forma, os operadores do mercado intensificam suas operações durante estes intervalos, disputando a sua definição.
Expectativa pelo Copom Em um dia de poucos itens na agenda, os investidores se atentavam à divulgação do último Boletim Focus antes da decisão do Copom desta quarta-feira. Embora as alterações das estimativas estejam mais suaves que em semanas anteriores, a tendência de revisões favoráveis permanece, particularmente para a inflação em 2023, desta vez com uma queda na expectativa de 4,90% na semana passada para 4,84% esta semana. Há praticamente consenso entre analistas de que o Comitê deva iniciar um processo de cortes à taxa básica de juros (Selic) a partir desta reunião, porém há dúvidas quanto à intensidade da redução. Dado o histórico de cautela do Banco Central com as expectativas inflacionárias, uma diminuição de 0,25 p.p. parece mais provável neste momento.
Crescimento do PIB europeu No exterior, o euro se fortalecia ante ao dólar após a primeira prévia do PIB do segundo trimestre da área do euro crescer ligeiramente acima das estimativas e afastar, momentaneamente, a possibilidade de uma recessão econômica. O bloco de moeda unificada cresceu 0,6% frente ao segundo trimestre de 2022, contra expectativa mediana de 0,4%, e 0,3% frente ao primeiro trimestre do ano, contra expectativa mediana de 0,2%. O dado deve reforçar a percepção de que o Banco Central Europeu ainda possui margem para realizar, pelo menos, mais um reajuste de juros a fim de buscar a estabilização de preços na região.
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