O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (04). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,87, variação de -0,6% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,1 pontos, recuo de 0,4% frente ao término de quinta-feira. O mercado de divisas repercute a divulgação do Relatório da Situação do Emprego para o mês de julho nos Estados Unidos, que mostrou uma suave desaceleração na criação líquida de empregos entre junho e julho conforme o antecipado por analistas, consolidando as expectativas de que o ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve deve ter se encerrado. Na agenda do dia, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado às 16h30min.
Payroll nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira, pressionado pela divulgação do relatório de situação de emprego dos EUA (payroll). De acordo com os dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS), em julho foram criadas 187 mil novas vagas, abaixo da mediana das estimativas, que previa um aumento de 200 mil postos, e em linha com montante reportado para o mês anterior, quando foram criados 185 mil novos empregos. O relatório mostra o mercado de trabalho em suave desaceleração, mas ainda com saldo positivo na criação de empregos, de modo que diminui as apostas dos agentes em novas altas da taxa básica do Federal Reserve e reduz os temores de uma possível recessão no país. Dessa forma, com o cenário de inflação decrescente e desaquecimento gradual da atividade econômica estadunidense, mantém-se as projeções de que a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de aumentar os juros da autoridade monetária em 0,25 ponto percentual em 26 de julho foi a última alta deste ciclo. No entanto, o documento mostra que houve um ligeiro aumento da remuneração da mão de obra, o que pode se refletir na inflação de serviços, e uma queda discreta da taxa de desemprego, de 3,6% para 3,5%. De modo geral, a leitura é de que, apesar de o valor reportado para criação de novas vagas poderia ter sido considerado um forte avanço anteriormente, após a pandemia os padrões foram alterados e entende-se que a economia americana parece realizar um pouso suave após 31 meses sob o regime de aperto monetário implementado pelo Fed, o que causa o enfraquecimento do dólar em benefício a outras divisas.
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