A taxa de câmbio apresentava suave tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (09). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,89, recuo de 0,2% frente ao término de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,4 pontos, variação de -0,1% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação de dados de inflação para a China em julho, que apresentou deflação de 0,3% na comparação anual e reforçou a perspectiva de desaceleração da atividade econômica no país. Adicionalmente, investidores analisam as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, que considera pouco provável uma queda mais intensa da taxa básica de juros (Selic) no curto prazo. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de junho, às 09h00min, e o BC atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min.
Arrefecimento da economia chinesa O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta quarta-feira, influenciado por dados pessimistas da China e falas do diretor de Política Econômica do Banco Central. Ontem (08), o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China divulgou os resultados da balança comercial do país no último mês, os quais mostram, em relação a julho de 2022, uma queda de 14,5% das exportações e de 12,4% das importações, valores abaixo das medianas das estimativas, que previam quedas de 12,5% e 5% respectivamente. Hoje (09), o NBS divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) chinês em julho caiu no comparativo anual pela primeira vez em mais de 2 anos, apresentando recuo de 0,3% no acumulado em 12 meses em julho. Os dados sinalizando desinflação na China somados à balança comercial decepcionante indicam uma economia fragilizada e em desaquecimento, o que causa preocupação nos investidores e tende a aumentar o sentimento de aversão ao risco nos mercados, prejudicando o desempenho de ativos brasileiros. Apesar disso, o yuan tem mostrado um bom desempenho e ganhado força nesta manhã.
Fala de diretor do BC Adicionalmente, ontem foi divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a qual indica que os cortes da taxa básica do Banco Central ocorrerão no ritmo de 0,50 ponto percentual. Nesse sentido, o diretor de política econômica do BC, Diogo Guillen, reforçou que quedas de maior magnitude na taxa Selic não devem ocorrer nas próximas decisões do comitê e que o mais importante seria ganhar confiança na atuação da política monetária. Assim, contribui para fortalecer o real a expectativa de diminuição mais lenta de juros brasileiros.
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