Fechamento de Câmbio

Após se manter em baixa na maior parte desta quarta-feira (16), a taxa de câmbio aparou seus ganhos no final do dia e encerrou a sessão cotado a R$ 4,987, praticamente estável ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 103,5 pontos, alta de 0,3% em relação ao término de terça-feira. O mercado de divisas repercutiu a divulgação da ata da última decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) com tom cauteloso em relação à inflação nos Estados Unidos e novos dados fracos na China diminuindo o apetite por ativos arriscados no exterior.

Ata do FOMC O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quarta-feira estável, interrompendo uma sequência de quatro altas seguidas. No mês de agosto, um ambiente externo bastante desfavorável ao câmbio doméstico já resultou em uma desvalorização de quase 5,5% para o real. Hoje, contribuiu para esse cenário desfavorável a publicação da ata do FOMC que mostrou seus integrantes divididos sobre a necessidade de mais altas de juros após a decisão de 26 de julho, com “alguns participantes” citando o risco de desestimular excessivamente a atividade produtiva enquanto a “maior parte” de seus membros continuaram a priorizar o combate à inflação. De uma maneira geral, o documento buscou sinalizar que o Comitê adotará uma postura flexível, baseando-se nos dados econômicos disponíveis “nos próximos meses” para “ajudar a esclarecer qual o grau de continuidade do processo de desinflação” e qual deve ser o aperto monetário adequado a ser adotado.

China em desaquecimento? Adicionalmente, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China divulgou hoje (16) os preços médios de residências novas no país, os quais caíram 0,1% em julho, de modo que reverteu os ganhos de 0,01% registrados no mês anterior. A queda dos preços de novas casas ocorreu sob o contexto de dados decepcionantes para a economia chinesa, com desempenho aquém do esperado da balança comercial indicando perda do dinamismo econômico do país e deflação em julho sinalizando uma menor demanda em seu mercado. Assim, se amplia a leitura de uma economia em arrefecimento, o que reforça o sentimento de aversão ao risco dos investidores e prejudica o desempenho de ativos brasileiros.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,5 pontos, alta de 0,3% em relação ao término de terça-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,557 pontos, variação de -0,1% ante à véspera.