A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (17). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,97, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,2 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. Em dia de poucos eventos, o mercado de divisas repercute ao ambiente de negócios de cautela e aversão a riscos no exterior em meio a uma sequência de dados econômicos piores que o esperado para a China e a elevação na taxa de juros para títulos do Tesouro americano (Treasuries) após a divulgação da ata da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), ontem. Investidores devem acompanhar, também, entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, às 12h00min. Na agenda do dia, o Federal Reserve da Philadelphia divulgou índice regional de manufatura, às 09h30min, e o Departamento do trabalho americano atualizou o pedido semanal de auxílio-desemprego, às 09h30min.
Pessimismo no exterior O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quinta-feira, dia de agenda vazia. O Índice Bovespa apresentou queda em 12 sessões consecutivas, ao passo que o dólar, neste período, apresentou forte avanço. No mês, a moeda americana acumula alta de 5,4%, tendo alavancada pela ampliação do sentimento de aversão ao risco dos agentes em relação ao ambiente externo. Ontem (17), o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) divulgou a ata da sua última reunião, quando foi decidido o aumento de 0,25 ponto-percentual da taxa básica do Federal Reserve. De acordo com o documento, os membros do comitê, ao ponderar o balanço de riscos da instituição, ressaltaram a importância de se manterem vigilantes à inflação persistente nos Estados Unidos, de modo que os resultados futuros de indicadores econômicos devem guiar as próximas decisões de política monetária do comitê. Com elevado grau de incerteza quanto ao futuro da economia do país, a maior parte dos membros ainda previa a possibilidade de outros aumentos da taxa de juros, sinalizando que o fim do ciclo de altas do Fed pode não estar tão próximo como se pensava. Nesse sentido, a leitura dos investidores foi de que os juros devem continuar num alto patamar por mais tempo, de forma que os juros de 10 anos dos EUA estão em seu maior patamar desde 2007. Assim, os dados decepcionantes para as economias da China e Europa, somados às expectativas de juros mais altos nos Estados Unidos, tem prejudicado o desempenho de ativos brasileiros, o que pesa sobre o Ibovespa e o par real dólar.
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