A taxa de câmbio alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta segunda-feira (21). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,96, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,2 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. Em um dia sem eventos na agenda, o mercado de divisas deve repercutir o ambiente de cautela internacional com a economia chinesa. Nesta manhã, o banco central chinês (PBoC) frustrou a expectativa de analistas com um estímulo tímido em juros referenciais no país, prejudicando o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários. Na agenda do dia, o Banco Central atualizou o Boletim Focus da semana, às 08h30min, e a Secretaria de Comércio Exterior atualiza a balança comercial semanal, às 15h00min.
Preocupações com a China O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta segunda-feira, refletindo a agenda esvaziada do dia e o ambiente de cautela internacional com a economia chinesa, após o banco central do país frustrar a expectativa dos agentes do mercado financeiro por estímulos econômicos mais enérgicos. Nesta madrugada, a autoridade monetária reduziu a taxa básica dos juros de empréstimos de um ano (referência em créditos para o consumidor e empresas) em 0,10 p.p., de 3,55% a.a. para 3,45% a.a., e manteve inalterada a taxa básica de juros de empréstimos de cinco anos (referência para o setor imobiliário), em 4,20% a.a. A mediana das expectativas de analistas era de um corte de 0,15 p.p. para ambas. Se por um lado, a recuperação econômica está bem abaixo do que o esperado pelas autoridades do país e pelos economistas, justificando a adoção de estímulos monetários e fiscais, por outro, a desvalorização recente do yuan preocupa o banco central chinês, que busca fixar o valor de sua moeda e pode ter se preocupado com uma saída de investidores estrangeiros caso reduzisse demasiadamente o diferencial de juros em relação a outras economias relevantes. De toda forma, os investidores reavaliam suas expectativas para a segunda maior economia global, reduzindo suas previsões de crescimento e, consequentemente, de demanda por commodities alimentícias, metálicas e energéticas, o que, por sua vez, prejudica o desempenho de moedas de países exportadores de produtos primários, como o Brasil.
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