Taxa Ptax de fim de mês Após iniciar a sessão em movimentos laterais, o dólar negociado no mercado interbancário assumiu trajetória consistente de alta na manhã desta quinta-feira, superando os R$ 4,90 com o início da formação da taxa Ptax. O câmbio poderá apresentar maior volume de negócios e, também, maior volatilidade dentro das janelas de horários utilizadas pelo BC para o cálculo da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. A taxa Ptax é uma referência divulgada diariamente pelo BC e seu valor de fim de mês é muito utilizado em contratos de câmbio e derivativos. Desta forma, os operadores do mercado intensificam suas operações durante estes intervalos, disputando a sua definição.
Inflação na zona do euro A moeda única europeia perdia terreno em relação ao dólar nesta quinta-feira, em baixa de 0,6% cotada a US$ 1,087, em resposta aos números preliminares para o índice de preços ao consumidor da região em agosto. Apesar de o indicador ter se mantido estável na comparação com julho, acumulando alta de 5,3% em 12 meses, e acima do consenso dos analistas, que apontava para uma taxa de 5,1%, o núcleo da inflação apresentou recuo de 0,2 p.p. e encerrou em linha com o índice cheio, em variação anual de 5,3%. Os custos com alimentação continuaram a ser o principal motor da alta dos preços na zona do euro, com variação de +9,8% em 12 meses, ainda que tenham se atenuado em 1 p.p. ante julho. Em alta mensal de 3,2%, os preços de energia também ajudaram a sustentar o indicador cheio em agosto.
Revisão nas apostas para a taxa do BCE A retração no núcleo da inflação, após descontados os impactos dos preços de alimentos e energia, promoveu ajustes nas expectativas para a próxima decisão de política monetária do Banco Central Europeu. Diante da moderação da inflação subjacente em agosto, as apostas majoritárias (70%) passaram a ser de manutenção da taxa básica em setembro. Em conferência em Frankfurt, a integrante da diretoria do BCE, Isabel Schnabel, conhecida por sua postura mais favorável a medidas contracionistas (hawkish), declarou que o crescimento do bloco está mais fraco do que o previsto há alguns meses, o que foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de cautela da autoridade monetária.
PMI chinês De acordo com dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China (NBS), o índice de gerente de compras (PMI) industrial de agosto marcou 49,7 pontos, contra 49,3 registrado no mês anterior. Ainda que a leitura permaneça abaixo da marca de 50 pontos — isto é, menor que o valor que indica estabilidade — e, portanto, indicar contração do setor, o resultado foi maior que previsto pela mediana das estimativas (49.1). Para os serviços na China, o PMI caiu de 51,5 em julho para 51 em agosto, ainda indicando expansão. O índice composto, por sua vez, subiu para 51,3 pontos, ante queda para 51,1 em julho. Apesar de ter sido o quinto mês consecutivo de retração da indústria chinesa, o resultado acima do previsto e indicando aumento em relação ao mês anterior tende a atenuar o pessimismo dos investidores com a economia do país.
Inflação nos EUA Outro fator que causa influência sobre o mercado de divisas nesta manhã é a divulgação do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE), indicador mais usado pelo Federal Reserve nas deliberações de política monetária. De acordo com os dados do Departamento do Comércio dos Estados Unidos (DOC), em julho, o indicador cheio manteve o ritmo do mês anterior e apresentou avanço mensal de 0,2%, com alta de 3,3% no comparativo anual. O núcleo da inflação, por sua vez, teve alta mensal de 0,2% e anual de 4,2%. Em linha com as expectativas do mercado, os novos dados são lidos pelos agentes com a finalidade de antecipar os próximos passos do Federal Reserve, de modo que a maior parte das apostas prevê, até o momento, manutenção da taxa básica do Fed na próxima reunião.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS