Abertura de Câmbio

Câmbio abre a sexta em queda, cotado ao redor de R$ 4,91
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Dólar reflete PIB no Brasil e geração de emprego nos EUA

A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (01). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,91, recuo de 0,8% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,5 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu acima do estimado no segundo trimestre deste ano, amparado pela expansão da indústria e dos serviços. Contribui para o enfraquecimento do real, também, a divulgação de que a geração de empregos nos Estados Unidos em agosto foi levemente acima do estimado, reforçando as interpretações de que a economia americana caminha para um “pouso suave” da inflação. Na agenda do dia, a S&P Global divulgou o Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da área do euro às 05h00min, o instituto ISM informa o PMI industrial dos EUA às 11h00min, a Secretaria do Comércio Exterior atualiza a balança comercial de agosto às 15h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado às 16h30min.

PIB brasileiro O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), em abril, maio e junho de 2023 o produto do Brasil apresentou crescimento de 0,9% no comparativo trimestral, o oitavo crescimento consecutivo do indicador. O resultado ficou abaixo daquele registrado para o primeiro trimestre do ano, quando foi observado um avanço de 1,8%, de modo que, para os seis primeiros meses de 2023 a alta foi de 3,7%. De acordo com o IBGE, o avanço do PIB no último trimestre se deu em razão do alta de 0,9% da indústria e de 0,6% dos serviços, setor responsável por cerca de 70% da atividade econômica, com a agropecuária apresentando recuo de 0,9% após aumento de 21% em janeiro, fevereiro e março, sendo o único dos três setores produtivos a apresentar queda. No trimestre, todos os componentes da demanda apresentaram crescimento, indicando maior dinamismo da economia, o que contribui para ampliar o otimismo dos investidores em relação ao desempenho dos ativos brasileiros e atrair investimento estrangeiro para o país, de modo que o real se fortalece frente ao dólar. 

Payroll dos EUA Adicionalmente, também contribui para o fortalecimento do real a divulgação do relatório de situação de emprego dos EUA (payroll). De acordo com os dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS), foi criado um saldo de 187 mil novas vagas de trabalho no país em agosto, acima do montante de 157 mil registrado em julho e da mediana das estimativas, que previa um aumento de 170 mil novos postos no último mês. A taxa de desemprego, por sua vez, foi de 3,5% em julho para 3,8% em agosto, moderadamente maior que o valor esperado (3,5%). Para a remuneração média por hora trabalhada, esperava-se um avanço de 0,3% no mês, no entanto, foi registrado um aumento ligeiramente menor, de 0,2%. Assim, o desempenho do mercado de trabalho americano se mostra em linha com as leituras de "pouso suave" da economia estadunidense, com inflação desacelerando e voltando de forma lenta para a meta estabelecida para o horizonte, ao passo que o crescimento se mantém levemente positivo. Dessa forma, aumentam-se as apostas de que o Federal Reserve não deve realizar mais aumentos de sua taxa de juros para ser bem-sucedido no controle do avanço inflacionário, o que contribui para o enfraquecimento do dólar.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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