O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (04). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,93, variação de -0,5% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,1 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. Em dia de liquidez reduzida por conta de feriado nos Estados Unidos e a agenda esvaziada, o mercado de divisas deve repercutir a divulgação do boletim Focus da semana, que mostrou elevação nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e suave correção nas estimativas de inflação. Adicionalmente, novas medidas de estímulo adotadas pelas autoridades chinesas para impulsionar a economia local podem auxiliar o apetite por riscos de investidores estrangeiros. Na agenda do dia, a presidenta do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa às 10h30min, o economista-chefe da instituição, Philip Lane, palestra às 11h00min, e o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, palestra às 14h00min.
Boletim Focus O dólar negociado no mercado interbancário operava em baixa na manhã desta segunda-feira, em um dia de volume abaixo do habitual por conta de feriado nos Estados Unidos e ausência de indicadores relevantes. O principal fato do dia foi a divulgação do Boletim Focus, pelo Banco Central, que reúne a mediana das projeções de instituições financeiras a respeito das principais variáveis macroeconômicas brasileiras. Na edição desta semana, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se elevou levemente em 2023 e 2024, passando, respectivamente, de 4,90% para 4,92% e de 3,87% para 3,88%, sinalizando uma reversão de tendência em relação a períodos anteriores. Possivelmente, as altas de preços recentes de combustíveis e de energia elétrica pioraram as avaliações dos economistas a respeito da inflação futura. Adicionalmente, a mediana das projeções para o PIB brasileiro em 2023 foi elevada de 2,31% para 2,56%, refletindo a divulgação do resultado do segundo trimestre acima das estimativas de analistas.
Estímulos chineses Contribui para o fortalecimento do real o ambiente externo favorável a investimentos em ativos arriscados após a divulgação de mais medidas de estímulo econômico por autoridades chinesas, em meio a um cenário de desconfiança de investidores com o desempenho do país. Como parte das novas ações, que se complementam a diversas outras medidas, os maiores bancos do país reduziram as taxas de juros para financiamento imobiliário, buscando ajudar na recuperação do setor, e o banco central chinês reduziu as exigências de reservas de moedas estrangeiras para instituições financeiras de 6% para 4%, buscando ajudar no fortalecimento do iuan.
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