▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 4,873 (-0,9%)
▲ Dollar Index (DXY): 105,3 pontos (+0,5%)
O real se fortaleceu pela segunda sessão consecutiva na contramão do exterior, em um dia marcado pela divulgação de dados fortes para a economia americana e pela decisão do Banco Central Europeu de elevar seus juros básicos em 0,25 p.p. mesmo diante de um contexto econômico desafiador.
Variações | No dia: -0,90% | Na semana: -2,19% | No mês: -1,60% | No ano: -7,71% | Em 12 meses: -5,91% |
Força da economia americana O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quinta-feira em queda pelo segundo dia consecutivo, na contramão do fortalecimento amplo do dólar, que atingiu o seu maior valor em seis meses. O principal fator de impulso à divisa americana foi a divulgação dos dados das vendas do varejo no país em agosto. Tanto o índice geral quanto o núcleo cresceram 0,6% no comparativo com julho, acima das medianas das estimativas, que previam alta de 0,2% e 0,1%, respectivamente. O resultado mais forte que o esperado sinaliza uma economia com demanda ainda aquecida mesmo após um ano e meio sob o aperto monetário do Federal Reserve, reforçando temores de que a autarquia pode adotar uma postura mais firme para deter o avanço inflacionário, mantendo a taxa básica de juros em um patamar mais elevado por um prazo mais longo.
Juros recordes na Europa Contribuiu para o fortalecimento do dólar, também, a decisão do BCE de aumentar a taxa básica da instituição em 0,25 ponto percentual, num momento em que os dirigentes do banco se encontravam num dilema, com dados mostrando simultaneamente uma inflação elevada na região e queda contínua da atividade econômica. Dessa forma, o Banco Central Europeu demonstrou priorizar o combate às pressões inflacionárias, de modo que afirmou em seu comunicado que as autoridades da instituição acreditam que os juros já atingiram um patamar suficientemente restritivo para trazer a inflação de volta à meta no horizonte caso sejam mantidos em tal nível por mais tempo. No entanto, investidores temem que os juros altos na Europa acabem por intensificar o processo de arrefecimento da economia e resultem em uma estagflação. Assim, ampliou-se a aversão ao risco dos agentes financeiros, que buscaram proteção em ativos de segurança denominados em dólar.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,3 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, a lira turca, o rand sul-africano e a rúpia indiana se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,508 pontos, recuo de 0,2% frente ao término de quarta-feira.
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