▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,86 (-0,2%)
- Dollar Index (DXY): ~105,3 pontos (-0,03%)
O par real/dólar é negociado em ligeira baixa na abertura desta segunda-feira (18), sendo cotado a R$ 4,86. As primeiras operações do dia repercutiam as expectativas trazidas pelo Boletim Focus do Banco Central, consolidando as apostas de que a autoridade monetária brasileira deverá prosseguir com corte de 0,5 p.p. da taxa Selic, para 12,75% a.a, nesta quarta-feira (20). O relatório de mercado do BCB também indicou melhora nas projeções de crescimento do PIB para 2023, que passaram de 2,64% para 2,89% na última semana, e recuo nas apostas para o IPCA ao final do ano, de 4,93% há uma semana para 4,86%.
Os mercados operam em modo de cautela nesta manhã, aguardando uma semana cheia de decisões de política monetária em economias centrais – notadamente nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão. As bolsas europeias registram baixas diárias de aproximadamente 1,0%, enquanto os futuros de ações em Wall Street sugerem que a abertura do pregão se dê no vermelho. Apesar do contexto de aversão ao risco e do movimento de alta dos rendimentos dos treasuries americanos, que avançavam 2,5 pontos base e 2 pontos base para os títulos de 10 e 2 anos, respectivamente, o dollar index opera praticamente estável, cotado a 105,3 pontos.
Agenda do dia:
• Boletim Focus (BCB) – 8h30.
• Balança Comercial (Secex) – 15h00.
Super semana A agenda reserva importantes anúncios dos principais bancos centrais globais para esta semana, com uma super quarta – quando coincidirão as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), do Comitê de Mercado Aberto do Fed (FOMC) e do Banco Popular da China (PBoC) – além das decisões do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira (21) e do Banco do Japão (BoJ) na sexta-feira (22). Ainda que a decisão pela manutenção da taxa de juros do Federal Reserve em 5,50% esteja precificada, o tom da comunicação desta pausa e as projeções dos membros do FOMC apresentadas no dot plot são mais incertos e têm potencial de movimentar os mercados nos próximos dias. Há menos clareza sobre os próximos passos do BoE, que ainda podem ser retraçados a depender dos dados de inflação para o país que serão divulgados na véspera da decisão. As expectativas majoritárias são de que o presidente do BC inglês, Andrew Bailey, anuncie um aumento de 25 pontos base, elevando a taxa de referência para 5,50%, seu maior patamar em mais de 15 anos. Já para o BoJ não são esperadas alterações imediatas, contudo o mercado aguarda uma possível sinalização do presidente Kazuo Ueda sobre o encerramento da política de juros negativos até o final deste ano.
Relatório Focus Repercute no mercado de divisas nesta manhã a divulgação do Relatório Focus pelo Banco Central. Após realizar o primeiro corte em 3 anos, a comunicação recente dos membros do Copom, sugerindo como apropriado o ritmo de 0,50 p.p. de redução da Selic, contribuiu para a ancoragem das expectativas com a trajetória da taxa básica de juros brasileira. Essa tendência se se reflete na inclinação da curva de juros, que deixou de incorporar apostas por uma aceleração no ritmo de flexibilização nas próximas decisões do BC. O boletim demonstra que houve diminuição das estimativas para o IPCA de setembro de 0,41% na última semana para 0,38% nesta, bem como para as projeções do indicador para 2023, as quais foram de 4,93% para 4,86%. Além de indicar que o mercado já antecipa mais dois cortes de mesma magnitude ainda em 2023, de modo que a Selic ao fim do ano esteja em 11,75% a.a., o relatório de mercado da autarquia também mostrou uma menor aposta para a taxa de câmbio, a qual foi de R$ 5,00 para R$ 4,95.
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