▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,845 (-0,2%)
▼ Dollar Index (DXY): ~104,9 pontos (-0,3%)
Estendendo a trajetória da véspera, e sofrendo resistência do avanço nos preços do petróleo – que se encontram nas máximas do ano –, as cotações do dólar no mercado brasileiro de câmbio permaneciam em queda na abertura desta terça-feira (19). Por volta das 09h15, o par real/dólar era negociado a R$ 4,845, registrando baixa de 0,2% ante a véspera.
No exterior, os mercados acionários continuavam a operar sem um sentido claro, respondendo à disposição mais avessa ao risco dos investidores antes do anúncio da decisão do Federal Reserve. As apostas são praticamente unânimes por uma pausa no ritmo de elevações da taxa de juros da economia americana, atualmente no intervalo de 5,25% a 5,50% a.a., no entanto ainda não estão claros os próximos passos da autoridade monetária ou a mensagem que transmitirá com as projeções contidas no dot plot.
O dollar index operava durante as primeiras horas desta manhã em queda de 0,3%, cotado a 104,9 pontos. O recuo da moeda americana repercutia o fortalecimento do euro, após indicações de que o Banco Central Europeu (ECB) deve começar a discutir meios de enxugar liquidez do sistema bancário da região já no próximo mês. Na abertura desta terça, a moeda única europeia registrava alta de 0,3%, cotada a US$ 1,075.
Agenda do dia:
• Índice de preços ao consumidor da zona do euro (Eurostat) – 6h00.
• Construção de novas residências nos EUA (Census Bureau) – 9h30.
• Taxa básica de juros da China (PBOC) – 22h30.
Petróleo nas máximas do ano As cotações do petróleo Brent abriram em alta nesta terça-feira, estendendo um rali de quatro sessões consecutivas de ganhos e atingindo seu maior patamar desde novembro de 2022, cotado a US$ 95,18/barril (+0,8%). O movimento das cotações da commodity repercute as perspectivas de um balanço global apertado – tanto por restrições pelo lado da oferta, quanto por uma demanda robusta – e afeta as expectativas para a condução da política monetária ao redor do mundo. Componente-chave dos custos de transporte, energia e manufatura, a valorização das cotações do petróleo tende a dar sustentação para as taxas de inflação globais e a limitar o espaço para a atenuação do atual patamar de juros. Pela ótica dos países produtores e exportadores de petróleo, o que inclui o Brasil, a alta de preços do hidrocarboneto favorece a receita das vendas internacionais e o fluxo de divisas, conferindo suporte às suas moedas. Ainda que seja um importador relevante de combustíveis, a valorização do real tende a compensar parte da elevação de preços dos derivados do petróleo para o Brasil, amenizando seu impacto inflacionário.
Para mais informações, acesse o Diário de Petróleo.
OCDE revisa projeções para o Brasil Repetindo as revisões positivas feitas às projeções de crescimento da economia brasileira na véspera, tanto pelo Ministério da Fazenda quanto pelos economistas consultados pelo Boletim Focus, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também divulgou novos números mais otimistas para o PIB do país. Segundo a organização, o avanço em 2023 deve ser de 3,2%, em linha com a taxa divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) ontem. A projeção anterior da OCDE apontava um crescimento de 1,7% da economia brasileira, revisada em função de “resultados agrícolas favoráveis relacionados ao clima”. Por se tratar de um efeito sazonal, não há transbordamentos para as perspectivas para 2024, que foram revisadas de um crescimento de 1,2% em junho para 1,7% no cenário mais recente. Para o PIB global, a OCDE espera um crescimento abaixo da média, em 3,0%, elevado em 0,3 p.p. em relação ao número divulgado em junho, em vista da adoção de medidas monetárias contracionistas ao redor do mundo.
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