Abertura de Câmbio

Problemas com a Evergrande O dólar negociado no mercado interbancário operava em suave alta na manhã desta segunda-feira, refletindo um ambiente externo desfavorável para ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o Brasil. Nesta segunda, as ações de empresas do setor imobiliário chinês caíram 7,1%, na maior queda diária desde dezembro, após uma sequência de notícias negativas associadas à incorporadora Evergrande, que recentemente cancelou uma reunião com credores no último minuto e anunciou que precisa revisitar seu plano de reestruturação econômica pois está inabilitada de emitir novos títulos de dívida, visto que, por sua vez, há uma investigação do regulador de valores mobiliários da China sobre sua principal subsidiária, Hengda Real Estate Group. A situação elevou a preocupação de investidores estrangeiros com a possibilidade de uma falência de uma grande empresa imobiliária, o que poderia desencadear uma turbulência financeira em cadeia.

Elevação dos juros estadunidenses Contribui para o enfraquecimento do real, também, a elevação persistente dos juros americanos, principalmente nos prazos mais longos. A taxa de um título do tesouro americano de 10 anos se encontra acima de 4,5% a.a., maior patamar desde 2007, o que tem fortalecido a moeda americana nas últimas dez semanas seguidas e, por contraste, prejudicado o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real. Analistas acreditam que o tom mais firme das autoridades do Federal Reserve, que não descartam novos reajustes de juros nas próximas decisões de política monetária, e dados aquecidos para a economia e o mercado de trabalho estadunidenses devem manter os juros do país em um nível elevado por um longo período.