▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 4,990 (+0,5%)
▲ Dollar Index (DXY): 106,2 pontos (+0,2%)
O mercado de divisas repercutiu, novamente, o ambiente externo desfavorável a ativos arriscados, impulsionado pela alta contínua e persistente dos rendimentos dos títulos do tesouro americano. Nem mesmo a perspectiva de uma flexibilização monetária mais cautelosa pelo Banco Central foi suficiente para deter o enfraquecimento da moeda brasileira.
Variações | No dia: +0,46% | Na semana: +1,15% | No mês: +0,76% | No ano: -5,50% | Em 12 meses: -7,25% |
Elevação dos juros americanos O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta terça-feira em alta, refletindo o fortalecimento generalizado da divisa americana no exterior – O dollar index atingiu a maior marca dos últimos 10 meses no pregão de hoje. O discurso mais firme de diversas autoridades do Federal Reserve alertando para a possibilidade de novos reajustes à taxa básica de juros no país e dados aquecidos para a atividade produtiva e para o mercado de trabalho tem impulsionado os rendimentos dos títulos do tesouro americano, particularmente nos prazos mais longos. A taxa de um título do tesouro estadunidense de 10 anos se encontra acima de 4,5% a.a., maior patamar desde 2007, o que tem fortalecido a moeda americana nas últimas dez semanas seguidas e, por contraste, prejudicado o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
Ata do Copom cautelosa Nem mesmo um tom mais cauteloso da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi suficiente para deter a desvalorização do real. Em seu documento, o Comitê defendeu uma “atuação firme” do Banco Central para reduzir as expectativas de inflação, embora tenha admitido uma divergência na análise da dinâmica de preços entre seus diretores. “Alguns membros enfatizaram em particular a composição benigna recente da inflação e a queda na inflação de serviços, enquanto outros enfatizaram que os fundamentos subjacentes para a dinâmica da inflação de serviços, em particular a resiliência da atividade econômica e do mercado de trabalho, ainda não permitem extrapolar com convicção o comportamento benigno recente”, disse. Ao debaterem as razões das expectativas inflacionárias estarem acima das metas da autarquia, o Copom listou como possibilidades preocupações com a situação fiscal brasileira, temores de que o Banco Central possa se tornar leniente no combate à inflação e receios com o processo de desinflação global. Por fim, o documento apontou que a decisão de cortar a taxa básica em 0,50 ponto e manter esse ritmo nas próximas reuniões conjuga firme compromisso com a reancoragem de expectativas e a dinâmica desinflacionária e, de outro lado, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,9 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 46,957 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de segunda-feira.
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