Fechamento de Câmbio

Elevação dos juros americanos O dólar negociado no mercado interbancário encerrou em forte alta a sessão desta quarta-feira, apresentando um dos piores desempenhos entre moedas de países emergentes relevantes e refletindo o fortalecimento generalizado da divisa americana no exterior. Declarações mais firmes de autoridades do Federal Reserve a respeito da possibilidade de mais reajustes na taxa básica de juros e dados aquecidos para a atividade produtiva e para o mercado de trabalho americano continuam impulsionando de forma contínua e persistente os rendimentos dos títulos do tesouro americano, especialmente nos prazos mais longos. A taxa de um título do tesouro estadunidense de 10 anos ultrapassou a marca de 4,6% a.a. na sessão de hoje, maior patamar desde 2007, prejudicado o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.

Movimentos técnicos Contribuiu para o enfraquecimento do real, também, operações automatizadas de interrupções de perdas (“stop loss”) após a taxa de câmbio romper barreiras psicológicas de R$ 5,00 e R$ 5,05. O dólar comercial não operava acima do patamar de R$ 5,00 na operação intradiária desde 18 de agosto e não encerrava uma sessão acima desse valor desde 01 de junho. Assim, observou-se um forte movimento de alta imediatamente após o atingimento desses valores, possivelmente explicado pela execução de ordens pré-programadas de compras, o que ampliou as perdas da sessão.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 106,7 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 46,702 pontos, recuo de 0,5% frente ao término de segunda-feira.