▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,040 (-0,2%)
▼ Dollar Index (DXY): 106,2 pontos (-0,4%)
Em um dia de maior volatilidade, o mercado de divisas repercutiu ao enfraquecimento da moeda americana na sessão mesmo após a divulgação de dados que indicavam um crescimento econômico e um mercado de trabalho resilientes nos Estados Unidos. No Brasil, comentários de autoridades do Banco Central sobre a trajetória de juros do país auxiliou no leve fortalecimento do real.
Variações | No dia: -0,15% | Na semana: +2,18% | No mês: +1,78% | No ano: -4,54% | Em 12 meses: -5,78% |
Alívio nos juros americanos O dólar negociado no mercado interbancário alternou entre perdas e ganhos ao longo do pregão desta quinta até encerrar em suave baixa, refletindo um movimento de correção da moeda americana após os ganhos dos últimos dias. O enfraquecimento do dólar ocorreu mesmo diante da divulgação de dados que mostram a resiliência do crescimento e do mercado de trabalho para o país. A leitura final mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre cresceu a uma taxa anualizada de 2,1%, em linha com as expectativas de agentes. Adicionalmente, os pedidos semanais de auxílio-desemprego se reduziram de 211 mil na semana anterior para 204 mil nesta semana, sinalizando um mercado de trabalho estável e vigoroso. Com indicativos de que a economia dos Estados Unidos ainda se encontra aquecida, os investidores entendem que o Federal Reserve deve se manter alerta para os riscos inflacionários associados ao nível de atividade econômica, de modo que há menos apostas em cortes dos juros no curto prazo, fazendo os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de prazos maiores aumentarem.
Espaço menor para flexibilização Cabe destaque, também, às declarações de autoridades do Banco Central do Brasil (BC) sobre a margem de manobra da autarquia para seguir seu ritmo de cortes à taxa básica de juros (Selic) diante da conjuntura atual. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que “a barra está mais alta” para que o BC considere cortes maiores que 0,50p.p., por conta do cenário externo mais desfavorável, com elevação dos juros americanos e menor crescimento econômico chinês, e expectativas inflacionárias acima da meta para os próximos anos. Já o diretor de Política Econômica da instituição, Diogo Guillen, ressaltou que o momento é de maior incerteza, embora tenha ressaltado que o colegiado segue unânime em sua visão sobre a estratégia para a política monetária. Já o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, chamou a atenção de que o processo de desaceleração da inflação está ocorrendo de forma mais lenta que o antecipado e que as questões fiscais são centrais para contribuir na reancoragem das expectativas.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 106,2 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 46,979 pontos, avanço de 0,3% frente ao término de quarta-feira.
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