- Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,20 (+0,8%)
- Dollar Index (DXY): ~106,8 pontos (+0,4%)
O mercado de divisas deve repercutir o Relatório de Situação de Emprego de setembro para os Estados Unidos. Em um contexto de pressões nos rendimentos dos títulos do tesouro americano e forte resiliência da economia do país, o dado pode ser relevante para as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve.
Agenda do dia:
• Relatório de Poupança brasileira de setembro (Banco Central) – 09h00min.
• Relatório da Situação do Emprego dos Estados Unidos de setembro (Departamento do Trabalho) – 09h30min.
• Palestra do membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve, Christopher Waller – 13h00min.
• Posição semanal dos agentes de mercado (Comissão de Negociação de Futuros de Commodities) – 16h30min.
Payroll O dólar negociado no mercado interbancário operava em forte alta na manhã desta sexta-feira, enquanto investidores repercutem a divulgação do relatório de situação de emprego dos EUA (payroll) com resultado bem acima do esperado pelos agentes. De acordo com os dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS), foram criadas 336 mil novas vagas de trabalho em setembro no país, resultado muito acima da mediana das estimativas, que previa um acréscimo de 160 mil postos, e do montante registrado para o mês anterior, quando foram criadas 227 mil novas vagas. O documento também sinaliza estabilidade da taxa de desemprego no país em 3,8%, ligeiramente acima da estimativa de 3,7% para o mês, além de apontar alta de 0,2% da remuneração média por hora trabalhada. Os agentes voltam sua atenção para o relatório a fim de antecipar os passos do Federal Reserve, dado que suas autoridades têm continuamente afirmado que a autarquia prosseguiria com a condução da política monetária a partir do acompanhamento de novos dados da economia americana. Dessa forma, a nova leitura do mercado de trabalho estadunidense coloca em xeque a perspectiva de "pouso suave" definida por dirigentes do Federal Reserve, uma vez que a economia do país indica continuar avançando com vigor, aumentando as apostas numa atuação mais agressiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed, de modo que seus membros devem decidir por mais uma alta da taxa básica da instituição ainda este ano a fim de controlar as pressões inflacionárias associadas ao elevado nível de atividade econômica. Assim, com o entendimento de que os juros devem ser reajustados para um patamar ainda mais elevado, aumentam-se as pressões sobre os títulos do Tesouro americano e a aversão ao risco dos agentes, o que tende a fortalecer a moeda americana frente a outras divisas.
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