Abertura de Câmbio

CPI dos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em leve alta na manhã desta sexta-feira, enquanto investidores repercutem tardiamente os dados de inflação dos Estados Unidos divulgados ontem (12). De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (BLS), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou alta de 0,4% em setembro, ligeiramente acima da mediana das estimativas, a qual antecipava um avanço mensal de 0,3%. Apesar de o resultado ter sido mais forte que o previsto, o indicador no último mês apresentou desaceleração em relação a agosto, quando o aumento dos preços foi de 0,6%. O núcleo da inflação, por sua vez, manteve o ritmo do mês anterior e ficou em 0,3% no comparativo mensal, resultado dentro das expectativas, mas deu sinal de abrandamento na base anual, indo de 4,3% em agosto para 4,1% no último mês. Ademais, ontem também foram divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos (DOL) os números de pedidos de auxílio-desemprego realizados na última semana, os quais ficaram em consonância com as estimativas do mercado. De acordo com o DOL, no período foram realizados 209 mil novos pedidos do benefício, mantendo o compasso observado na semana anterior. Dessa forma, apesar de o núcleo da inflação ter demonstrado arrefecimento, há sinais de que os preços apresentam uma desaceleração lenta e o mercado de trabalho americano continua aquecido e com baixa disponibilidade de mão de obra, de modo que se ampliam os temores de que o Federal Reserve pode realizar mais um aumento de sua taxa básica ainda este ano, favorecendo o desempenho do dólar frente às demais divisas. 

Dados mistos para a China Adicionalmente, também tem afetado o câmbio na sessão de hoje a divulgação dos dados de inflação e da balança comercial da China. Em setembro, a China registrou uma inflação nula no índice cheio, com avanço de 0,8% no núcleo, o que acabou por aumentar os temores dos agentes de baixo dinamismo de sua economia após indicadores sinalizarem desaceleração econômica nos últimos meses. Contudo, a publicação dos dados da Administração Geral das Alfândegas do país compensou as perdas sofridas pelos ativos chineses. De acordo com o órgão, as exportações da China recuaram pelo quinto mês consecutivo em setembro, apresentando baixa de 6,2% no comparativo com setembro do ano anterior, mesmo recuo observado para as importações. Contudo, o resultado para ambas foi melhor que o previsto pela mediana das estimativas. Após uma queda de 8,8% nas exportações e de 7,3% nas importações em agosto, o menor ritmo do recuo acabou por trazer mais otimismo para a economia chinesa por parte dos investidores. Assim, os dados mistos foram recebidos pelos operadores com o entendimento que o país asiático pode retomar seu ritmo de crescimento, o que serviu para limitar as perdas registradas para os ativos do país.