▼Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,01 (-0,8%)
▼Dollar Index (DXY): ~106,0 pontos (-0,1%)
O movimento do último pregão do mês deve ser acompanhado por maior volatilidade nos horários utilizados pelo Banco Central (BC) para a formação da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. Adicionalmente, o mercado de divisas deve continuar a repercutir os temores fiscais com o governo brasileiro após dois dias de perdas significativas dos ativos nacionais. Por fim, é digno de nota a divulgação de dados para a economia europeia, que entrou em contração no terceiro trimestre, mas mostrou uma moderação inflacionária melhor que o antecipado.
Agenda do dia:
• Estatísticas do mercado de trabalho brasileiro para o trimestre com fim em setembro (IBGE) – 09h00min.
• Índice de Custo do Emprego americano no terceiro trimestre (DOL) – 09h30min.
• Índice de Gerente de Compras (PMI) de Chicago de outubro (ISM) – 10h45min.
• Índice de Confiança do Consumidor americano de outubro (Conference Board) – 11h00min.
• Índice regional de serviços de Dallas de outubro (Federal Reserve de Dallas) – 11h30min.
Taxa Ptax de fim de mês Após abrir as operações em baixa, o dólar negociado no mercado interbancário operava em alta firme na manhã desta sexta-feira. O câmbio poderá apresentar maior volume de negócios e, também, maior volatilidade dentro das janelas de horários utilizadas pelo BC para o cálculo da taxa Ptax de fim de mês, entre as 10h00min e as 13h10min. A taxa Ptax é uma referência divulgada diariamente pelo BC e seu valor de fim de mês é muito utilizado em contratos de câmbio e derivativos. Desta forma, os operadores do mercado intensificam suas operações durante estes intervalos, disputando a sua definição.
Riscos fiscais no Brasil Os ativos domésticos estão sob forte pressão desde sexta-feira por conta de temores fiscais crescentes de agentes do mercado financeiro com o governo federal. Após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmar na sexta-feira (27) que o governo federal “dificilmente” cumprirá a meta proposta pelo novo arcabouço fiscal para 2024 de um resultado primário zero, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiteradamente evitou defender com clareza que a meta estaria mantida para o próximo ano, tanto em entrevista coletiva na segunda como em perguntas de jornalistas nesta manhã. A hesitação de Haddad amplia as inseguranças dos investidores, que temem por alterações às metas orçamentárias de 2024 logo no primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal, o que mostraria desinteresse do líder do Palácio do Planalto em buscar medidas fiscalmente responsáveis e resultam na elevação da exigência de prêmios de risco, enfraquecendo o real.
Contração na Europa É digno de nota, também, a divulgação dos dados para a área do euro nesta madrugada, que mostraram que o bloco econômico entrou em contração no terceiro trimestre deste ano, porém reduziu sua inflação de maneira mais rápida que o esperado. Os preços aos consumidores cresceram apenas 2,9% no acumulado em 12 meses, o menor valor desde julho de 2021, porém o Produto Interno Bruto recuou 0,1% no terceiro trimestre frente ao segundo trimestre. Os dados mostram os impactos do aperto monetário do Banco Central Europeu sobre a atividade econômica e sobre os preços, evidenciando o balanço de riscos que a autoridade monetária precisa enfrentar em sua busca pela estabilização de preços.
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