Fechamento de Câmbio

Preocupações com os riscos fiscais O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta quarta-feira em alta, devolvendo os ganhos das últimas duas sessões por conta da piora do humor de investidores com a situação fiscal brasileira. Ontem, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 com a meta original de resultado primário zero, porém, na sequência, o relator da matéria, deputado Danilo Forte (União-CE) afirmou que o governo federal ainda estuda a possibilidade de apresentar uma emenda ao projeto e alterar a meta para um déficit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Adicionalmente, as preocupações com uma flexibilização dos objetivos fiscais se tornou ainda mais aguda após a divulgação de que o déficit primário do setor público consolidado em setembro foi maior que o esperado, de R$ 18,071 bilhões – no acumulado em 12 meses, o déficit primário equivale a 0,97% do PIB. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que alterar a meta fiscal agora geraria incerteza entre os agentes de mercado e elevaria a exigência de prêmios de risco, além de elevar as expectativas inflacionárias para o país, o que pode prejudicar o desempenho de ativos brasileiros.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,6 pontos, variação de +0,1% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,452 pontos, recuo de 0,2% frente ao término de terça-feira.