Abertura de Câmbio

PIB americano O dólar negociado no mercado interbancário operava em elevação na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores aguardam divulgação da segunda leitura do PIB americano do 3º trimestre pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos (DOC). A mediana das estimativas prevê uma alta anualizada de 4,9% para o produto dos EUA entre julho e setembro, de modo que o indicador manteria o ritmo observado no trimestre anterior. O resultado para a economia estadunidense é divulgado na esteira de comentários de membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve indicando que a autarquia pode iniciar seu ciclo de cortes dos juros nos próximos meses, caso a inflação demonstre permanecer em trajetória de arrefecimento, de maneira que os operadores do mercado acompanham com atenção cada nova publicação de índices para a economia a fim de antecipar os próximos passos da autoridade monetária. Dessa forma, ontem (28) o dólar registrou desvalorização ao passo que o rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos apresentou forte queda e, hoje, opera próximo de 4,29% ao ano, após a forte escalada no último mês que o fez chegar à marca de 5% a.a. em 19 de outubro. A deterioração dos rendimentos dos Treasuries se deu após os agentes digerirem falas de autoridades do Fed, entendendo que a taxa básica da autarquia já atingiu seu pico e não deve subir mais, o que tende a diminuir a atratividade da renda fixa nos EUA, desfavorecendo o desempenho da moeda americana frente a outras divisas.

MP das subvenções Adicionalmente, o Ministério da Fazenda encaminhou à Câmara dos Deputados o novo texto da Medida Provisória (MP) que prevê a mudança das regras de subvenções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Após concessões da equipe econômica, o texto voltou para debate no Congresso e possui prazo apertado para votação: depois de passar pela comissão mista, a proposta ainda deve ser analisada na Câmara e no Senado Federal antes de sua validade no dia 7 de fevereiro. Caso a Medida Provisória seja aprovada, deve gerar maiores receitas aos cofres públicos em 2024, contribuindo para a consecução da meta fiscal estabelecida para o ano.