Abertura de Câmbio

FOMC Após abrir em queda, o dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã dessa quarta-feira, refletindo um ambiente de negócios de cautela enquanto investidores aguardam decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, espera-se que haja a manutenção da taxa básica da autarquia pela terceira vez consecutiva no intervalo entre 5,25% a 5,50% ao ano, com a forte percepção de que os juros no país já atingiram seu patamar máximo. Agora, os agentes buscam pistas de qual será o caminho que a autoridade deve seguir em 2024, de modo que aguardam pelo comunicado às 16h e pela coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell, a fim de entender qual a postura que o Fed assumirá frente às expectativas de corte dos juros americanos já no primeiro semestre do próximo ano. De acordo com dados do CME Group, os operadores apostam que o início do ciclo de cortes deve ocorrer na reunião de maio ou junho, no entanto, tal perspectiva pode ser alterada, a depender do tom adotado pelos dirigentes após a decisão de hoje, refletindo sua avaliação acerca da trajetória da inflação até o momento. Nesse sentido, a divulgação das projeções econômicas sumarizadas dos membros do FOMC deve ajudar a nortear a visão dos investidores. 

Decisão do Copom Ademais, também influencia as operações de câmbio nesta manhã a espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), para a qual há um consenso de que a taxa básica de juros (Selic) deve ser reduzida em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano. De forma similar ao cenário exterior, os agentes já internalizaram as expectativas para a reunião de hoje e passam a olhar para 2024, a fim de entender qual postura o Banco Central terá. Em comparação com a última decisão do Comitê, observa-se que o balanço de riscos da autarquia mudou, pois há o entendimento entre os investidores de maiores riscos fiscais no Brasil, o alívio nos Treasuries americanos, favorecendo o diferencial de juros brasileiros, e moderação das pressões inflacionárias no país. Portanto, os operadores buscam sinalizações de qual é a leitura da conjuntura pelos membros do Copom e quais serão os próximos passos da autoridade na condução da política monetária em 2024.