▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,89 (-0,6%)
▼ Dollar Index (DXY): ~102,3 pontos (-0,6%)
O mercado de divisas ainda repercute o forte apetite por ativos arriscados provocado pela decisão de política monetária do Federal Reserve no final da tarde de ontem, enquanto também ressoa de maneira secundárias as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).
Agenda do dia:
• Pesquisa Mensal de Comércio de outubro (IBGE) – 09h00min.
• Decisão de Política Monetária do Banco Central da Inglaterra – 09h00min.
• Decisão de Política Monetária do Banco Central Europeu – 10h15min.
• Vendas do varejo americano de novembro (Census Bureau) – 10h30min.
• Pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA (DOL) – 10h30min.
• Fluxo cambial semanal (BC) – 14h30min.
• Vendas do varejo chinês de novembro (NBS) – 23h00min.
• Investimentos em ativos fixos da China de novembro (NBS) – 23h00min.
• Taxa de desemprego da China em novembro (NBS) – 23h00min.
“Fed Pivot” O dólar negociado no mercado interbancário operava em firme baixa na manhã desta quinta-feira, repercutindo ao forte impulso por ativos arriscados provocado pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) no final do pregão de ontem. A decisão, em si, não trouxe surpresas – manutenção dos juros no intervalo entre 5,25% e 5,50% a.a. pela terceira reunião consecutiva. Em primeiro lugar, houve alguma surpresa na previsão mediana dos integrantes do Comitê de um corte de 0,75 p.p. para os juros ao longo de 2024. Contudo, houve maior surpresa com os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que pouco se esforçou para frear as expectativas de operadores do mercado financeiro a respeito da possibilidade de que tais reduções à taxa de juros ocorram em um curto prazo. Se há apenas duas semanas Powell afirmava que “[era] cedo demais para especular sobre cortes de juros” e “prematuro concluir que as altas de juros terminaram”, ontem ele declarou que “[os cortes de juros] começam a entrar nas perspectivas, é claramente um tópico de discussão pelo mundo e também foi [tópico de] discussão na nossa reunião de hoje”. O presidente do Federal Reserve seguramente poderia ter passado uma mensagem de maior cautela, alertando para a prematuridade de uma discussão sobre cortes neste momento, possíveis dificuldades no trecho final de desinflação, riscos de uma flexibilização prematura, porém escolheu não o fazer. Assim, os investidores entenderam que há uma intenção considerável do FOMC começar sua redução de juros em breve, o que provocou um rali de ações, commodities e moedas de países emergentes, tal como o real.
Segundo plano A avalanche provocada pelo Federal Reserve acabou amortecendo o impacto de outras decisões importantes de política monetária pelo globo, como as decisões do BCE e do BoE, hoje cedo, de manterem estáveis suas respectivas taxas básicas de juros, e a decisão do Copom de cortar a taxa básica de juros (Selic) de 12,25% a.a. para 11,75% a.a. e sinalizar a intenção de novos cortes de mesma magnitude nas próximas reuniões.
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