Abertura de Câmbio

Pautas econômicas no Congresso O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, enquanto os investidores aguardam por votação de pautas econômicas no Congresso Nacional. Ontem, as duas Casas derrubaram treze vetos do presidente Lula, dentre eles o relativo à desoneração da folha de pagamentos, que deve continuar por mais quatro anos. Hoje, os parlamentares votam o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária, que volta para a Câmara após ter sido aprovado no Senado, e a Medida Provisória (MP) da subvenção para investimentos, demonstrando esforços do governo em acelerar o processo de aprovação de tais pautas para que sejam acatadas ainda em 2023, uma vez que Câmara não costuma realizar votações às sextas. Assim, apesar da derrubada do veto presidencial ao projeto que prevê a desoneração das folhas de pagamentos — e prorrogação do benefício até o fim de 2027 — prejudicar as projeções de arrecadação do Governo Federal, a perspectiva de aprovação das outras pautas econômicas diminui os temores relativos ao cenário fiscal brasileiro, elevando o otimismo dos agentes. 

Recessão na zona do euro Adicionalmente, hoje foram divulgados os resultados preliminares dos índices de gerentes de compras (PMI) da zona do euro de dezembro, os quais ficaram abaixo da mediana das estimativas e indicaram recessão no bloco. De acordo com a S&P Global, o PMI de serviços saiu de 48,7 pontos em novembro para 48,1 neste mês, ao passo que o indicador para a indústria permaneceu estável em 44,6 pontos, ambos os resultados abaixo da marca de 50 pontos, isto é, sinalizando recuo da atividade dos setores na região. Dessa forma, a prévia do PMI consolidado foi de 47,6 no último mês para 47 pontos em dezembro, o sétimo recuo mensal consecutivo do índice, reforçando o pessimismo relativo à contração da atividade econômica na zona do euro. Os dados são divulgados na esteira da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter seus juros inalterados ao adotar uma postura cautelosa a fim de balizar os riscos inflacionários e recessivos, de modo que, caso a economia do bloco continue a demonstrar um desempenho fraco nos próximos meses, a autarquia pode ter que começar o ciclo de cortes dos juros mais cedo que o previsto.