▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,898 (-0,1%)
▼ Dollar Index (DXY): ~102,6 pontos (-0,01%)
O dólar recuava ante a moeda brasileira nos primeiros negócios desta terça-feira (19). Logo na abertura, a taxa de câmbio do real era negociada a R$ 4,898, em baixa diária de 0,1%. O movimento era semelhante ao registrado pelo dollar index, que operava com leve viés de baixa, cotado a 102,56 pontos.
Nesta manhã, o mercado doméstico acompanha as reações dos operadores à ata de decisão de política monetária do Banco Central, que na semana passada cortou a taxa Selic em 0,5 p.p. para 11,75% a.a. O documento reforçou a expectativa de que a autoridade manterá o ritmo de reduções da taxa básica, consideradas como apropriadas para “manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
No exterior, os mercados acionários na Ásia e Europa operavam com sinal positivo, enquanto os futuros em Wall Street sinalizavam uma trégua do rali recente. O Banco do Japão (BoJ) decidiu por unanimidade manter sua política monetária ultrafrouxa, diante de “incertezas extremamente elevadas” e da falta de sinais de que a inflação “atinja a meta sustentável e estavelmente”. O anúncio frustrou parte do mercado, que esperava alguma indicação sobre a possibilidade de normalização pelo BoJ, o que acabou resultando em pressão sobre o iene e fôlego para as negociações na Bolsa de Tóquio.
Agenda do dia:
• Ata de Decisão de Política Monetária (Banco Central) – 08h00
• Monitor do PIB (FGV) – 10h15
• Construção de novas residências - EUA (Census Bureau) – 10h30
• Estoques de petróleo bruto - EUA (API) – 18h30
• Índice de preços ao Consumidor - Zona do euro (Eurostat) – 7h00
• Taxa básica de juros – China (Banco Popular da China) – 22h15
“Evolução benigna” da inflação O diagnóstico apresentado na ata do Copom desta terça, identificou que o processo de desaceleração do nível de preços continuou dentro do esperado desde a decisão de novembro, com o recuo do núcleo e da inflação de serviços, ainda que haja “um caminho longo a percorrer”, dado que as projeções para o IPCA permanecem acima da meta no horizonte relevante. Para o BC, ainda é necessária a manutenção de uma política monetária “contracionista e cautelosa” e o “fortalecimento da credibilidade e da reputação (...) dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira” a fim de não se comprometer o “custo da desinflação em termos de atividade”.
“Serenidade e moderação” da política monetária O tom mais conservador da ata foi lido pelo mercado com certa reserva, e se traduziu em elevação nas apostas para os vencimentos mais longos no mercado de juros futuros. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 a 2029 registravam leves ajustes entre 0,01 a 0,04 p.p., revertendo parte do ajuste observado na semana passada após a decisão do Copom. A alta nos juros futuros também favorecia a queda da taxa de câmbio nesta manhã, já que torna mais atrativo o diferencial de rendimentos dos títulos brasileiros.
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