▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 4,865 (-0,8%)
▼ Dollar Index (DXY): 102,2 pontos (-0,4%)
A moeda brasileira ganhou força nesta terça-feira (19), amparada tanto por fatores domésticos quanto pelo cenário externo favorável. No encerramento do pregão, o par real/dólar era negociado a R$ 4,865, acumulando queda de 0,8% em relação à véspera.
Logo pela manhã, as cotações da taxa de câmbio já operavam descoladas do fechamento anterior, repercutindo o tom mais cauteloso da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que contribuiu para a elevação da ponta longa de curva de juros futuros. Ao longo do dia, a extensão do rali em Wall Street, reflexo da sinalização menos contracionista do Federal Reserve, e a notícia de elevação do rating soberano da economia brasileira, ajudaram a consolidar o movimento de valorização do real.
Variações | No dia: -0,78% | Na semana: -1,47% | No mês: -1,02% | No ano: -7,85% | Em 12 meses: -8,38% |
Sinais trocados A publicação da ata da decisão mais recente do Copom, na manhã de hoje, evidenciou a diferença de tom das comunicações das autoridades monetárias brasileira e americana. O tom cauteloso adotado pelos diretores do BC no documento, que, apesar de reconhecerem os avanços no sentido da desinflação, recomendaram “serenidade e moderação” na condução da política econômica, se traduziu em elevação nas apostas para os vencimentos mais longos no mercado de juros futuros. O otimismo com a virada de chave na postura do Federal Reserve, por outro lado, tem pressionado o rendimento dos títulos americanos de 10 anos, que recuaram significativamente desde o início do mês, passando de 4,35% no final de novembro para 3,92% nesta terça-feira. Esse descompasso amplia o diferencial em favor dos ativos brasileiros, tornando o mercado doméstico mais atrativo e acentuando o fluxo de entrada de divisas.
Elevação do rating Adicionalmente, a revisão positiva da classificação da nota de crédito para o Brasil pela S&P contribuiu para reforçar o desempenho positivo da moeda brasileira e do índice Ibovespa na sessão. A instituição elevou a sua classificação de risco de crédito de BB- para BB, sinalizando para perspectiva de estabilidade. Como principal justificativa para o ajuste positivo, o relatório divulgado destacou a aprovação do projeto da reforma tributária na última sexta-feira (15), avanço concreto na direção de reformas estruturais com impactos positivos no âmbito fiscal e nas perspectivas para a atividade econômica do país. Dessa forma, a S&P se alinhou às demais agências de classificação de risco ao elevar a nota soberana brasileira para ‘BB’.
Mercado de moedas No exterior, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,2 pontos (-0,4%), em baixa ante à véspera. Moedas de economias emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e a rúpia indiana, também se valorizaram em relação à divisa americana. O Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 48,178 pontos, em alta diária de 0,5%.
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