cotado a R$ 4,917
= Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 4,917 (0,0%)
▲ Dollar Index (DXY): 102,49 pontos (+0,3%)
O par real/dólar teve pregão mais contido nesta quarta-feira (3), após a forte alta da véspera que devolveu a taxa de câmbio para a faixa dos R$ 4,90. Ainda que o cenário externo tenha conferido fatores de suporte para a divisa americana, o brusco ajuste nos preços internacionais do petróleo ajudou a compensar as perdas da moeda brasileira observadas na abertura da sessão. No encerramento, a taxa de câmbio era cotada a R$ 4,917, praticamente estável em relação ao fechamento anterior.
Variações | No dia: 0,02% | Na semana: 1,34% | No mês: 1,34% | No ano: 1,32% | Em 12 meses: -9,85% |
Tensões no Levante O agravamento no ambiente geopolítico também contribuiu para elevar a aversão ao risco no exterior, após a ocorrência de duas explosões que mataram 103 civis no Irã durante uma procissão em homenagem ao ex-general iraniano Quasin Soleimani, morto há quatro anos durante um ataque com drones no país ordenados pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar de ainda não terem sido confirmados os responsáveis pelo ataque desta quarta-feira (3), o ocorrido tende a agravar as tensões no que tange o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, uma vez que o governo iraniano tem se posicionado a favor do Hamas, compondo frente “anti-Israel”. Neste sentido, como um importante produtor global de petróleo, o temor por possíveis impactos no fornecimento da commodity iraniana levaram o petróleo Brent a registrar alta de 3,4% na bolsa de Londres, terminando cotado a USD 78,4 bbl, interrompendo uma sequência de quatro pregões consecutivos em retração.
Cortes mais incertos A moeda americana continuou a ganhar força em relação a outras divisas de economias avançadas nesta quarta, alcançando seu maior valor em duas semanas diante do contexto de tensões geopolíticas mais acentuadas e de alta nos rendimentos dos Treasuries em dia de divulgação da ata da última decisão do Federal Reserve. De acordo com o documento, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) concordam que a inflação tem se conduzido em direção à meta de estabilidade de preços, e compartilham da preocupação com os efeitos danosos que a manutenção de uma política monetária “excessivamente restritiva” possa exercer sobre o nível de atividade. Ainda assim, foi consenso a necessidade de se manter uma “postura restritiva por algum tempo até que a inflação esteja claramente e sustentavelmente movendo-se em direção ao objetivo do Comitê”. A comunicação menos assertiva sobre as condições para o início do ciclo afrouxamento monetário resultou em reposicionamento dos investidores no mercado de juros futuros, resultando em uma redução de quase 5 p.p. nas apostas por um corte na reunião de março, atualmente em cerca de 65%.
Mercado de trabalho robusto A Pesquisa de Abertura de Vagas (JOLTS) de novembro pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos (DOL), revelou que foram abertas 8,79 milhões de vagas nos Estados Unidos em novembro, superando levemente a mediana das expectativas, de 8,75 milhões. Adicionalmente, o resultado de outubro foi revisado para cima, passando de 8,73 para 8,85 milhões de novas vagas. O resultado melhor que o esperado para o indicador pode esfriar em alguma medida os ânimos com o início da trajetória de queda na taxa básica de juros americana.
Mercado de moedas No exterior, o dollar index terminou o pregão em alta, cotado a 102,5 pontos (+0,3%). De maneira geral, o pregão foi negativo para outras moedas de economias emergentes como os pesos colombiano e mexicano, o rand sul-africano e a lira turca, que perderam força em relação à divisa americana. O Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,752 pontos, em baixa diária de 0,2%.
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