Fechamento de Câmbio

Percalços na moderação O dólar negociado no mercado interbancário terminou a quinta-feira em queda, pela segunda sessão consecutiva, em um dia marcado pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de dezembro nos EUA um pouco mais forte que o antecipado. A inflação acumulou alta de 3,4% em 12 meses, ante uma expectativa mediana de 3,2%, e o núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, avançou 3,9% no acumulado em 12 meses, ante estimativa mediana de 3,8%. A reação inicial de investidores foi de aversão ao risco e fortalecimento da moeda americana. Contudo, visto que as apostas para cortes de juros em março pelo Federal Reserve se mantiveram praticamente inalteradas em relação a ontem, o dólar acabou devolvendo seus ganhos ao longo do pregão. De toda forma, a leitura do CPI de dezembro mostra que a moderação de preços nos EUA pode sofrer sobressaltos em alguns meses e que talvez operadores estejam muito otimistas em relação aos cortes de juros pelo Fed, de modo que a perspectiva para os diferenciais de juros no Brasil deve seguir favorável e contribuir para a atração de investimentos estrangeiros, beneficiando o desempenho do real.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,3 pontos, variação de -0,1% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e o rublo russo também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,826 pontos, avanço de 0,1% frente ao término de quarta-feira.