Aversão ao risco O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira, dia de maior aversão ao risco nos mercados globais decorrente dos ataques realizados a rebeldes houthis no Iêmen ontem (11). Por se tratar de um ponto estratégico para os fluxos de comércio mundiais, o conflito na região do Mar Vermelho acabou por causar uma elevação dos preços do petróleo, o que tende a beneficiar o real, contudo, devido à percepção de maiores riscos e consequente menor otimismo dos investidores globalmente, o desempenho de moedas associadas a commodities, como o real, acaba sendo reduzido. Ademais, os ataques no Iêmen causam preocupações aos operadores devido aos efeitos da alta do petróleo sobre as pressões inflacionárias, contribuindo para mitigar seu apetite por risco e prejudicando a performance das commodities e divisas emergentes.
Dados para China Adicionalmente, a Administração Geral das Alfândegas da China divulgou os dados da balança comercial e da inflação do país durante o último mês de 2023. Para as exportações, foi registrada uma melhora do resultado em comparação com novembro — quando foi reportado aumento de 0,5% — com alta de 2,3% no comparativo anual, ao passo que para as importações foi reportada alta de 0,2% em dezembro, contra a queda de 0,6% no mês anterior. A inflação chinesa em dezembro, por sua vez, reportou queda de 0,3% na base anual, ante recuo de 0,5% em novembro, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). Assim, apesar do resultado para as exportações acima do previsto pela mediana das estimativas (1,7%), o avanço menor que o estimado das importações, para as quais se antecipava aumento de 0,3%, somado à deflação registrada reforça o entendimento de que o país apresenta uma recuperação econômica lenta, com uma demanda interna enfraquecida, o que prejudica o desempenho de commodities agrícolas e metálicas, aumentando as pressões altistas sobre o par real dólar.