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Sem estímulos na China O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta segunda-feira em alta, em um dia de liquidez reduzida por conta de feriado do dia de Martin Luther King nos EUA e poucos itens de agenda. Sem um direcionamento claro, o desempenho do real acabou refletindo a queda dos preços do minério de ferro durante a madrugada, após o Banco Central da China manter suas taxas básicas de juros inalteradas, contrariando as expectativas de investidores que acreditavam em medidas de estímulo econômico por parte da autoridade do país após os indicadores econômicos mais recentes continuarem sinalizando uma fraqueza da recuperação chinesa. Analistas avaliam que o BC chinês está preocupado com a desvalorização recente do yuan e evitou diminuir o diferencial de juros em relação aos Estados Unidos, de forma a preservar o valor de sua divisa. Nessa interpretação, o PBoC pode aguardar o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve antes de ampliar seus estímulos monetários.
Reoneração da folha Investidores acompanharam, também, notícias sobre negociações entre o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ocorreriam nesta segunda-feira para discutir a Medida Provisória que reonera a folha de pagamentos, embora não constasse na agenda oficial de ambos. Após o Congresso Nacional derrubar o veto do presidente da República e manter válida a prorrogação da desoneração para 17 setores da economia até 2028, com custo anual estimado pela Fazenda em R$ 12 bilhões, o Executivo publicou a MP em 29 de dezembro, em meio ao recesso parlamentar, estabelecendo uma reoneração escalonada e mantendo o benefício parcialmente apenas para alguns segmentos e de forma restringida. Os parlamentares consideraram a medida uma afronta ao Legislativo e defendem sua revogação ou, no mínimo, uma flexibilização da proposta da equipe econômica. A equipe econômica, entretanto, continua buscando por alternativas de receita na pauta legislativa, tentando viabilizar a execução da meta de déficit fiscal primário zero neste ano – algo que muitos consideram inalcançável sem a execução, em conjunto, de cortes de gastos públicos, o que não tem sido discutido pelo Planalto.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,6 pontos, variação de +0,2% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso colombiano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,854 pontos, praticamente estável frente ao término de sexta-feira.
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