▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 4,980 (+0,1%)
▲ Dollar Index (DXY): 104,0 pontos (+0,6%)
O mercado de divisas repercutiu à postura mais cautelosa do Banco Central em seu comunicado de política monetária em um dia marcado pelo fortalecimento global do dólar.
Variações | No dia: +0,11% | Na semana: -0,38% | No mês: +0,16% | No ano: +2,64% | Em 12 meses: -4,90% |
Recuperação do dólar O dólar negociado no mercado interbancário oscilou entre perdas e ganhos ao longo desta quinta-feira até encerrar a sessão em leve alta. O dia foi marcado por um fortalecimento generalizado da moeda americana, após as decisões dos bancos centrais da Inglaterra (BoE) e da Suíça (SNB) reforçarem a posição do dólar como ativo seguro de maior rendimento. O SNB cortou inesperadamente os juros no país, sinalizando que a inflação está sob controle, enquanto o BoE manteve seus juros inalterados em 5,25% a.a., porém sinalizou a possibilidade de cortes de juros em breve por conta da moderação de preços. As posturas mais flexíveis das autoridades monetárias europeias contrastaram com a perspectiva de queda lenta de juros nos EUA, o que contribui para o fortalecimento do dólar.
Tom mais duro do Copom A desvalorização do real foi contida pela divulgação do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que adotou um tom de maior cautela frente à trajetória recente do índice de preços no país, com substituição do trecho que mencionava convergência da inflação subjacente em direção à meta por uma afirmação de que o núcleo do índice se encontra acima do alvo. Apesar de o Copom ter dado continuidade ao processo de afrouxamento monetário — reduzindo a taxa Selic para 10,75% ao ano — no comunicado o Comitê alterou a sinalização de que o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual, mudando o trecho que antevia cortes da mesma magnitude “nas próximas reuniões” para “na próxima reunião”, de maneira que passou a indicar apenas uma redução de mesma magnitude na decisão seguinte. Dessa forma, o tom mais cauteloso das autoridades do BC fortaleceu a perspectiva de que a trajetória dos juros brasileiros em 2024 deve ficar num nível mais alto que o previsto anteriormente, favorecendo a renda fixa brasileira e, consequentemente, o desempenho do real.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 104,0 pontos, variação de +0,6% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e o rand sul-africano também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 46,690 pontos, recuo de 0,4% frente ao término de quarta-feira.
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