Dados secundários Em dia de poucos eventos, o dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta terça-feira, cotado ao redor de R$ 4,99 (10h30min), enquanto agentes reagem a dados secundários. Entre os dados divulgados hoje, está o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de março da Fundação Getúlio Vargas (FGV), conhecido como “inflação do aluguel” por ser amplamente utilizado em contratos para reajustes. De acordo com a FGV, o índice apresentou a segunda deflação mensal consecutiva, com queda de 0,47% neste mês, acumulando deflação de 0,91% no mês. No mercado doméstico, os investidores também o sondam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, que devem mostrar o andamento do mercado de trabalho brasileiro.
Exterior misto No exterior, há dois principais fatores causando pressões sobre o dólar no dia, um contribuindo para seu enfraquecimento e outro para sua sustentação. Afetando a moeda americana no sentido de fortalecê-la, há o desempenho mais fraco do iene japonês em 34 anos em função da frustação das expectativas dos operadores quanto à trajetória da taxa de juros japonesa. Esperava-se que o Banco do Japão (BoJ) elevasse sua taxa básica para um patamar maior que o estabelecido pela autarquia, além de a autoridade monetária não ter dado mais sinais de que novos aumentos ocorreriam, o que resultou no enfraquecimento da moeda do Japão. Por outro lado, o resultado maior que o esperado para os lucros industriais da China tende a elevar o otimismo dos agentes. Os dados da indústria chinesa divulgados na última noite vieram na esteira de resultados positivos para a economia do país, como a balança comercial acima do previsto pela mediana das estimativas, índice de preços ao consumidor acumulado de fevereiro sinalizando que o país havia saído da deflação, além da produção industrial e das vendas do varejo acima do antecipado por analistas, o que contribui para ampliar o apetite por risco dos investidores, favorecendo o desempenho do complexo de commodities e de moedas de países exportadores de bens primários, como o real.