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Ambiente externo avesso ao risco O dólar negociado no mercado interbancário se manteve em alta durante toda a sessão desta quarta-feira, refletindo um ambiente de negócios desfavorável tanto domesticamente quanto no exterior. Já na abertura das operações, a divulgação de que a inflação no Reino Unido caiu menos que o antecipado, em especial nos itens de serviço, reacendeu preocupações entre investidores de que os juros entre os principais Bancos Centrais globais, em particular os dos EUA, possam cair mais lentamente e menos que o antecipado, favorecendo o desempenho da moeda americana ante outras divisas. Essa tendência se reforçou após a publicação da ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que mostrou uma postura mais rígida que o esperado entre os integrantes do FOMC. No documento, vários integrantes do Comitê mencionaram a possibilidade de novas altas de juros no futuro se a inflação voltar a se acelerar no país. Adicionalmente, diversos integrantes exibiram dúvidas sobre o grau de aperto monetário exercido pelo patamar atual da taxa de juros no país. Por fim, concordaram que é necessário mais tempo para se assegurar que o nível de preços está retornando à meta desejada de 2% anuais e que vai demorar mais que o esperado anteriormente para se iniciar um ciclo de cortes de juros.
Percepção de riscos no Brasil Contribuiu para o enfraquecimento do real, também, as preocupações com uma conduta mais ativa das políticas econômicas no Brasil. Primeiramente, o governo federal elevou sua projeção para o déficit primário este ano, de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões, o que representaria 0,1% do PIB, com elevação das despesas primárias em R$ 24,4 bilhões. Adicionalmente, declarações do ministro da Fazenda aumentaram levemente as percepções de riscos fiscais e inflacionários no país, após afirmar de que não há “nada desancorado” nas expectativas inflacionárias brasileiras e instando o BC a olhar com um “prisma” mais positivo em relação à evolução das contas públicas e dos índices de preços.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 104,9 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,046 pontos, recuo de 0,6% frente ao término de terça-feira.
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