Variações | No dia: +1,10% | Na semana: +0,81% | No mês: +0,34% | No ano: +7,39% | Em 12 meses: +3,96% |
Juros mais altos por mais tempo nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário apresentou alta consistente ao longo desta quarta-feira, em um dia marcado pela aversão a riscos tanto domesticamente como no exterior. A moeda americana se fortaleceu globalmente em função do firme avanço dos rendimentos do títulos do Tesouro americano (Treasuries), reflexos de uma procura fraca por títulos no leilão de terça-feira, que gerou dúvidas sobre a demanda de investidores pelo ativo, e de uma recuperação inesperada da confiança dos consumidores americanos. Isto, por sua vez, reforçou a percepção de que os juros ficarão mais altos por mais tempo, contribuindo para a valorização da divisa do país.
Receios fiscais e monetários no Brasil Adicionalmente, contribuiu para o enfraquecimento do real a divulgação de estatísticas para as contas públicas e para o mercado de trabalho no Brasil em abril. A taxa de desemprego recuou inesperadamente entre fevereiro e abril, caindo de 7,6% para 7,5%, mostrando um desempenho melhor que o esperado para o mercado de trabalho. Isto tende a favorecer a expansão dos rendimentos do trabalho, o que, por sua vez, pode resultar em maior pressão inflacionária nos próximos meses e reduzir o espaço para cortes da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Além disso, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 6,688 bilhões em abril, abaixo da mediana das estimativas, de R$ 14,8 bilhões, ao passo que a dívida bruta do governo em relação ao Produto Interno Bruto se elevou de 75,7% em março para 76,0% em abril. Estes números elevaram os receios sobre o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade da dívida no país, o que pode ter resultado em maiores exigências de prêmios de riscos por investidores e diminuído a entrada de capitais externos, enfraquecendo a moeda brasileira.
Cautela pré-feriado Por fim, a véspera de um feriado prolongado pode ter contribuído para a maior cautela dos operadores nacionais. Embora sexta-feira seja dia útil com mercados abertos para operações, emendas de feriados costumam apresentar volume mais baixos de negócios. Como as sessões de quinta e sexta terão dados importantes para os EUA, como a segunda leitura para o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre e o Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de abril, alguns investidores podem ter antecipado posições defensivas para o pregão de hoje.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,1 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 46,846 pontos, recuo de 0,5% frente ao término de terça-feira.
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